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Visões diferentes sobre liberdade de imprensa em Malanje


Manuel Carvalho da Costa, director provincial da Comunicacao Social, Malanje
Manuel Carvalho da Costa, director provincial da Comunicacao Social, Malanje

Debate reuniu profissionais, estudantes e personalidades locais

A falta de acesso às fontes de informação dificulta o exercício pleno da liberdade de imprensa em Angola, com tons mais burocráticos na maioria das instituições públicas e um pouco mais aliviados junto de empresas privadas e particulares em Angola.

Num encontro para assinalar o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, em Malanje, na terça-feira, 2, organizado pela Direcção Provincial da Comunicação Social jornalistas e estudantes dos cursos de direito e de comunicação social analisaram a situação do sector.

O jurista Kayosso Cunha dissertou sobre a liberdade de imprensa e fez anotações sobre a sua origem e a situação no mundo.

“Todo o Estado de direito e democrático é a favor de liberdade de expressão, só que (…) tem regras, tem limites, há vezes a liberdade de expressão choca com a segurança interna, logo tem que decidir”, referiu Cunha, para quem “a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão funcionarão bem quando nós, em Angola, entre nós mesmos, conseguirmos falar um com o outro”.

Os políticos da oposição em Malanje são os que mais clamam por liberdade de imprensa nos órgãos públicos de comunicação social.

Carlos Lucas, secretário executivo da CASA-CE
Carlos Lucas, secretário executivo da CASA-CE

O secretário-executivo provincial da CASA-CE, Carlos Xavier Luís Lucas, referiu, que em vésperas das eleições gerais o MPLA leva vantagens em todos os órgãos oficiais.

“Não temos liberdade de imprensa a nível de Malanje, a imprensa pública favorece apenas o partido no poder com largas horas de divulgação, fundamentalmente nesta fase eleitoral, que estamos a viver”, lamentou, reclamando que “tem estado a influenciar de maneira negativa dando horas e horas ao partido no poder deixando de fora outros concorrentes”.

O director da Comunicação Social, Manuel Carvalho da Costa, que falou sobre o exercício do jornalismo em Angola e na província “Malanje”, em particular, reafirmou que a nova Lei de Imprensa consagra os limites da liberdade de imprensa.

“Que é garantida a liberdade de imprensa nos termos da constituição e da lei, não está a dizer que a liberdade de imprensa é cada um faz o que quer, não! Tudo o que fere a constituição e a lei já está fora da liberdade de imprensa”, justificou Costa.

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