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Violência contra a mulher congrega moçambicanos numa luta "contra a cultura"


Campanha de 16 dias de activismo tenta sensibilizar a sociedade

As autoridades moçambicanas desencadearam, à escala nacional, uma campanha denominada 16 dias de activismo sobre a violência contra a mulher e rapariga, que tende a assumir contornos alarmantes.

As províncias de Gaza, Nampula e Zambézia apresentam o maior número dos mais de 16 mil casos de violência contra a mulher e rapariga registados este ano.

A campanha pretende sensibilizar a sociedade para a necessidade de acabar com a violência, caracterizada sobretudo por agressões físicas, abusos sexuais e casamentos prematuros.

A ministra moçambicana do Género, Criança e Acção Social, Cidália Chaúque, afirmou que "estes casos devem passar pela justiça, o nosso desafio neste momento é que estes casos devem ser exemplarmente penalizados, para as pessoas perceberem que a violência é um crime".

Alguns analistas dizem, entretanto, que o combate à violência contra a mulher vai ser difícil por causa de alguns valores culturais enraizados na sociedade moçambicana, que fazem com que as mulheres sejam educadas para relações desiguais do género.

Entretanto, a directora provincial do Género, Criança e Acção Social em Cabo Delgado, Maria Isabel Raimundo, defende a necessidade da intensificação das campanhas de sensibilização, porque em alguns casos têm sido bem sucedidas.

O lançamento da campanha foi feito no sábado, 25, por Cidália Chaúque, no distrito de Manjacaze, província de Gaza.

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