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Vice-primeiro-ministro cabo-verdiano sob acusações de favorecimento a empresa de que é sócio


Olavo Correia, ministro das Finanças de Cabo Verde
Olavo Correia, ministro das Finanças de Cabo Verde

Em causa lei da protecção à indústria nacional

A lei relacionada com o aumento das taxas alfandegárias para os produtos lácteos e sumos naturais está a provocar polémica, com algumas vozes a acusarem o Governo de implementar a medida para beneficiar a Tecnicil, empresa na qual o vice primeiro-ministro, Olavo Correia, é apontado como accionista e da qual foi administrador.

O jornal A Nação avança que o Ministério Público tem já em curso uma investigação para apurar se a empresa em questão foi beneficiada, ou não, de forma deliberada, com o aumento das taxas aduaneiras aos produtos lácteos e sumos naturais.

Vice-primeiro-ministro cabo-verdiano sob acusações de favorecimento a empresa de que é sócio - 2:20
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O PAICV que votou favoravelmente à lei vem agora pedir explicações sobre as denúncias que circulam de favorecimento a uma determinada empresa com tais medidas.

O vice-presidente do maior partido da oposição, Nuias Silva, afirma que esta e outras suspeições precisam ser esclarecidas, porquanto a coisa pública deve ser gerida com total transparência.

Silva avança que o seu partido já solicitou a presença do vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, na Comissão Especializada das Finanças do Parlamento.

O deputado da UCID, na oposição, João Luís, disse na Assembleia Nacional que não há nada que impeça um político de ser accionista de uma empresa, mas entende que qualquer suspeição de favorecimento na gestão da coisa pública deve ser investigada, para cabal esclarecimento e apuramento de responsabilidades.

Por seu lado, o próprio vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças disse não temer nada em relação a uma eventual investigação do MP sobre medidas tomadas pelo Governo, visando o reforço do sector empresarial nacional.

Olavo Correia diz que a lei foi aprovada pelo Parlamento, por isso mostra-se tranquilo, mas espera que quem de direito faça o seu trabalho para clarificar as coisas, evitando “especulações e boatos”.

Entretanto, o presidente da Câmara do Comércio da Sotavento aprova a medida implementada pelo Executivo para salvaguardar as empresas nacionais.

Jorge Spencer Lima afirma que só produzindo internamente, o país poderá exporter.

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