Autoridades da região de Kerala, no sul da Índia, emitiram, nesta sexta-feira, 9, um alerta a nível do Estado após a confirmação de um caso do vírus zika.
Outros 13 casos suspeitos estão a ser investigados, disse a ministra da Saúde do Estado, Veena George.
Uma mulher grávida de 24 anos foi diagnosticada com a doença transmitida pelo mosquito e estava em tratamento num hospital na cidade de Thiruvananthapuram.
Amostras dos 13 casos suspeitos foram enviadas para uma investigação mais aprofundada num laboratório em Pune, acrescentou a ministra.
As mulheres grávidas são particularmente vulneráveis e podem transmitir a infecção aos seus recém-nascidos, o que pode resultar em condições que alteram a vida, como a síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune rara.
O zika é transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes, mas também pode ser por viasexual, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
O vírus foi descoberto pela primeira vez em macacos na floresta Zika do Uganda, em 1947 e causou vários surtos em todo o mundo, nas últimas décadas.
Não há vacinas ou medicamentos antivirais disponíveis para a prevenção ou cura.
Os sintomas incluem febre, erupções cutâneas, conjuntivite e dores musculares e articulares, mas as fatalidades são raras.
As autoridades disseram que a mulher infectada apresentou sintomas como febre, dor de cabeça e erupções na pele antes de ser internada no hospital, onde deu à luz um bebé com segurança, na quarta-feira.
Equipas de saúde foram designadas para a área para monitorar casos futuros.
A Índia também viu surtos de zika em 2017 e 2018, com centenas de casos relatados no oeste de Gujarat e Rajasthan, bem como no Estado central de Madhya Pradesh, mas a infecção mais recente é a primeira em Kerala.
Aquele Estado luta contra um aumento repentino de casos da Covid-19, com mais de 13 mil infecções registadas na sexta-feira, o maior número de qualquer região Indiana.