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Unita aponta o dedo ao Governo em matéria de liberdade de imprensa


Jornalista critica monopólio.

Em Angola continua o debate sobre a liberdade de imprensa no país.

Os jornalistas dizem que o poder instituído tem colocado barreiras para que a liberdade de imprensa flua, enquanto os políticos, da oposição, acreditam em dias melhores no futuro

Jornalistas e politicos discutem liberdade de informação em Angola - 2:12
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Durante um debate organizado pelo grupo parlamentar da Unita nesta terça-feira, e ao qual não comparecerem nem o Sindicato dos Jornalistas Angolanos (STJ) nem deputados do MPLA, apesar de terem sido convidados, o jornalista Reginaldo Silva diz que a concentração de vários títulos num só grupo favorece o monopólio que é contrario a lei.

Reginaldo SIlva
Reginaldo SIlva

“Muitos órgãos estão nas mãos dos mesmos senhores, isto cria monopólio que não ajuda a liberdade de imprensa'', justificou Silva, enquanto a deputada da Unita Albertina Navemba Ngolo considerou “o medo dos jornalistas como o principal obstáculo à liberdade de imprensa, para além das barreiras impostas pelo poder instituído''.

Por sua vez, a parlamentar Miraldina Jamba, do mesmo partido, prometeu tudo fazer na Assembleia Nacional para pressionar o Executivo na elaboração de leis que favoreçam a liberdade dos profissionais.

Adalberto da Costa Júnior, líder parlamentar da Unita
Adalberto da Costa Júnior, líder parlamentar da Unita

O líder do grupo parlamentar da Unita Adalberto da Costa Júnior apresentou o que considerou ser um exemplo em como o Governo não está dedicado a melhorar o sector da comunicação social no país.

''O ministro da Comunicação Social prometeu aos deputados em 2014 que o pacote legislativo da comunicação social daria entrada na Assembleia Nacional três semanas depois, passaram-se dois anos e nada de pacote legislativo'', lembrou Costa Júnior, enquanto Raúl Danda, vice-presidente da Unita, que também foi jornalista, disse ser “desonesto os deputados discutirem assuntos de interesse do povo e este povo que os elegeu não ter acesso a estes debates”.

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