Apesar dos avanços eleitorais alcançados à escala nacional nas recentes eleições gerais em Angola, a UNITA voltou a não conseguir a maioria dos deputados na província do Huambo, região tradicionalmente condierada um baluarte do partido do “Galo Negro”.
Resultados oficiais indicam que a UNITA obteve dois dos cinco deputados provinciais.
Analistas indicam que esses números podem ser o resultado do desgaste causado à imagem do partido durante a guerra civil e também a uma mudança na geração dos eleitores.
“Quando a UNITA perdeu a guerra perdeu tambem quase toda a base de apoio das pessoas nesta região, e só em 2008 que a começou a reconquistar devido ao desgaste que o afecta até aos dias de hoje”, diz o analista político Memória Ulica.
Por seu lado, Agostinho Sicato, que fala de uma mudança geracional como resultado deste quadro, afirma que o partido terá de trabalhar mais nas suas bases de apoio.
“O comportamento do cidadão hoje já não é ideológico, não obedece o critério da localização geográfica da fundaçao do partido, mas do posicionamento geracional”, sustenta aquele analista político, para quem a juventude não leva em conta a questão histórica dos partidos.
Entretanto, a secretária provincial da UNITA, Navita Ngolo, acredita que "faltou justiça na contagem de votos".
Loti Nolika, do MPLA, atribui o "sucesso" do seu partido ao trabalho junto das massas, inclusive em municipios como Bailundo antes dominados pelo seu adversário.