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Unita e Casa-CE alertam para eventual adiamento das eleições


Alcides Sakala
Alcides Sakala

A Unita considera que um eventual adiamento das eleições legislativas sob protesto da crise económica e financeira não seria surpreendente.

O tema, aventado já por alguns observadores, fez soar o alarme no partido de Isaías Samakuva, que se mostra algo desconfiado.

A Casa-CE garante, no entanto, haver dinheiro para realizar eleições.

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É certo que os efeitos da crise colocam o país concentrado no desemprego, na subida do preço dos alimentos e na falta de divisas para importações, mas há analistas que olham já para as próximas legislativas, daqui a pouco mais de um ano.

A Unita, ainda preocupada com as fraudes em regimes autoritários, considera que um eventual adiamento é hipótese a ter em conta, daí o recurso a um debate político nacional.

“Naturalmente que analisamos esta e outras situações importantes da vida do país, mas tiver de acontecer, vamos tartar o assunto, para além de outras medidas, no quadro do debate político nacional”, sustenta Alcides Sakala, porta-voz da Unita, que, no entanto, ressalta a necessidade de respeito pela Constituição, uma carta “muito clara em relação aos timings”.

Francisco Viena
Francisco Viena

Por seu turno, a Casa-CE prefere não acreditar num Governo sem legitimidade.

O seu secretário na província de Benguela, Francisco Viena, refere que o país está em crise, mas há dinheiro para a realização do pleito.

“As eleições devem ser realizadas, sob pena de o Governo actual perder legitimidade e o seu mandato. É evidente que a Constituição não acautela uma situação como esta, se calhar de forma propositada”, sustenta o também jurista, que promete uma Casa-CE a lutar para que não se adie as eleições que o Presidente José Eduardo dos Santos disse estarem prevista par 2017.

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