Ansumane So
O Presidente eleito declarado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) na Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló, garante que vai tomar posse no dia 27, mesmo à revelia do presidente da Assembleia Nacional Popular, caso Cipriano Cassamá não convoque o Parlamento para o efeito.
“Todo mundo sabe que o Umaro Sissoco Embaló é o novo Presidente da República da Guiné-Bissau. (…) Se Cipriano Cassamá não tomar diligências necessárias para a minha investidura, tenho o Nuno Nabiam, primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular e Hadja Satu Camará, a segunda vice-presidente, portanto reúno as condições e 55 deputados para tomar posse em qualquer parte do território nacional”, disse Embaló a jornalistas em Bissau, reiterando que o Supremo Tribunal da Justiça pode decidir o que bem entender, mas ele vai ser investido como Presidente da República.
“A partir do dia 27 há só um chefe da Guiné-Bissau”, sublinhou Embaló, que revelou ter recebido um convite do presidente da CEDEAO para um encontro à margem da cimeira da União Africana que se realiza neste domingo, 9.
“Peço a população que se mantenha calma. Vou a Etiópia, assim que regressar vamos medir a força e mandarei retirar-lhes todas as segurança de ECOMIB (Forças da CEDEAO). A Guiné-Bissau vai libertar-se de uma vez, portanto jamais será refém de uma pessoa”, advertiu.
Ao comentar a nomeação da ministra da Agricultura para assumir a pasta da ministra dos Negócios Estrangeiros, disse rer avisado “os embaixadores de que quem acatar a decisão desta nova ministra [substituta] nomeada por despacho de Aristides Gomes, vai ser preso, logo depois da minha posse”.
“Aristides Gomes deveria preocupar-se com dois meses de salários devidos aos funcionários públicos e não entrar neste teatro e palhaçada”, acusou.
Umaro Sissoco Embaló regressou a Bissau a quinta-feira, 6, e deve seguir para Etiópia no sábado.