A paciência da Turquia com a crise na Síria está a esgotar, o que forçaria o país a agir, alertou, hoje, o presidente turco, Tayyip Erdogan, que pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) a fazer mais para evitar o que chamou de "limpeza étnica" na nação vizinha.
Erdogan acusou a ONU de falta de sinceridade ao pedir à Turquia que ajude mais os refugiados sírios ao invés de agir para deter o derramamento de sangue na Síria.
Aviões de guerra da Rússia vêm bombardeando os arredores da cidade síria de Aleppo em apoio à ofensiva do governo de Damasco para retomar a localidade, obrigando dezenas de milhares de pessoas a fugirem rumo à fronteira turca.
"Existe a possibilidade de a nova onda de refugiados chegar a 600 mil se os ataques aéreos continuarem," afirmou Erdogan num fórum de negócios em Ancara.
A Turquia, que já abriga mais de 2,6 milhões de refugiados sírios, vem clamando há tempos por uma zona de segurança no norte da Síria para proteger os civis desabrigados, sem que eles cruzem a fronteira turca.
Erdogan disse que a crise síria não pode ser resolvida sem zonas de segurança e que é preciso encontrar maneiras de manter os sírios no seu território.