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Tribunal angolano ignora assassinato de Hilbert Ganga


Hilbert Ganga, activista morto pela Guarda presidencial angolana
Hilbert Ganga, activista morto pela Guarda presidencial angolana

Recurso contra absolvição de elemento da Guarda Presidencial não tem resposta há sete anos

A justiça angolana continua a não mostrar qualquer interesse em resolver o caso da morte do militante da CASA-CE Hilbert Ganga, morto há sete anos por um membro da Guarda Presidencial.

Tribunal ignora assassinato de Hilbert Ganga – 1:57
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Ganga foi morto depois de ter sido apreendido pela Guarda Presidencial quando colava cartazes sobre o assassinato dos também activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue, por elementos das forças de segurança.

Funeral de Hilbert Ganga, militante CASA-CE
Funeral de Hilbert Ganga, militante CASA-CE

Na altura, o tribunal absolveu o autor dos disparos, o que levou o advogado de Ganga a interpor um recurso que até hoje, sete anos depois, continua sem qualquer resposta.

Angola-Mae do jovem Ganga
Angola-Mae do jovem Ganga

O secretário executivo da CASA-CE, Rafael Aguiar, considero que a atitude do tribunal em ignorar o apelo é um mau sinal para o sistema judicial angolano.

“Volvidos sete anos continua por se fazer justiça", acentua.

Aguiar deplora, por outro lado, a falta de comprometimento do actual Presidente da República que desde que assumiu o poder tem prometido que a justiça teria um rumo diferente do que acontecia na era de seu antecessor mas a prática não reflecte as promessas.

"O Presidente João Lourenço criou expectativa e até certo ponto esperança quando disse que ninguém é tão forte que não fosse julgado e ninguém é tão fraco que não fosse batotado pela justiça, mas a prática está a desmentir categoricamente o Presidente e por isso vamos reiterar os apelos e pressão para que haja justiça a Hilbert Ganga", conclui.

Engenheiro de profissão e membro da CASA-CE, Ganga foi morto a 23 de novembro de 2013, ao ser atingido mortalmente pela bala do guarda presidencial, Desidério de Barros, quando efectuava a colagem de panfletos de uma manifestação em repúdio aos assassinatos de Cassule e Kamulingue.

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