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Tillerson pede sanções e defende "todas as opções" contra a Coreia do Norte


Rex Tillerson no Conselho de Segurança
Rex Tillerson no Conselho de Segurança

Rússia condena uso da força

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, afirmou nesta sexta-feira, 28, no Conselho de Segurança da ONU que "todas as opções devem permanecer sobre a mesa" contra a Coreia do Norte, que poderá, segundo ele, realizar "um ataque nuclear" contra a Coreia do Sul e o Japão, ou até mesmo os Estados Unidos.

"A ameaça de um ataque nuclear norte-coreano contra Seul ou Tóquio é real, e é provavelmente uma questão de tempo antes que a Coreia do Norte desenvolva a capacidade de atingir o território dos Estados Unidos", declarou Tillerson, ao presidir uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.

O governante insistiu que “todas as opções em resposta a futuras provocações devem permanecer sobre a mesa" e pediu que a China exerça a sua influência económica sobre a Coreia do Norte.

"Dada a crescente ameaça, chegou o momento de que todos façamos nova pressão sobre a Coreia do Norte", reiterou Rex Tillerson, pedindo que “odos os países suspendam ou reduzam as suas relações diplomáticas com a Coreia do Norte e aumentem seu "isolamento financeiro" com novas sanções, incluindo mais restrições comerciais.

Entre outras coisas, pediu à comunidade internacional que suspenda o fluxo de trabalhadores norte-coreanos ao exterior e se proíba ao país certas importações, especialmente de carvão.

Além disso, Tillerson advertiu de que os Estados Unidos estão dispostos a sancionar entidades e indivíduos de países que apoiem as "actividades ilegais" da Coreia do Norte.

China diz não ser solução

Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, lembrou ao Conselho de Segurança que "não está nas mãos" do país a chave para resolver o tema.

"A China não é o ponto principal do problema na península (coreana). A chave para resolver a questão nuclear na península não está nas mãos do lado chinês", sublinhou Yi que também pediu à Coreia do Norte para acabar com as actividades de desenvolvimento nuclear e de míssil, e advertiu a todos os envolvidos de que "o uso da força não resolve diferenças e só vai causar desastres ainda maiores".

O diplomatatambém afirmou que o recolocação do sistema antimíssil dos Estados Unidos na Coreia do Sul "sabota seriamente" a segurança estratégica da China e prejudica a confiança entre os envolvidos na questão da Coreia do Norte.

Por seu lado, o representante da Rússia no Conselho de Segurança afirmou que a Coreia do Norte não deixará o seu programa nuclear enquanto for ameaçada pela presença militar dos Estados Unidos na região e mostrou-se totalmente contrária ao uso da força contra o país asiático.

Russo contra uso da força

"Todos devem saber que a Coreia do Norte não renunciará às armas nucleares enquanto houver uma ameaça directa contra sua segurança. E isso é precisamente o que os norte-coreanos vêm nas manobras militares a grande escala dos Estados Unidos", disse o vice-ministro russo de Assuntos Exteriores, Guennadi Gatilov.

O diplomata russo insistiu que a presença americana no Extremo Oriente, incluído o escudo antimísseis que começou a desdobrar na Coreia do Sul, escava o "equilíbrio militar" na região e é um elemento de "desestabilização".

Gatilov deixou claro que o seu país condena as provocações norte-coreanas, mas insistiu que a possibilidade de usar a força contra o país asiático é "inaceitável".

O Conselho de Segurança da ONU deve emitir uma resolução ou ficar por recomendações e pedidos ao diálogo.

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