O Supremo Tribunal (ST) dos Estados Unidos manteve nesta segunda-feira, 11, a proibição de entrada de refugiados no país decretada pelo Presidente Donald Trump.
A decisão do ST representa um revés para cerca de 24 mil pessoas cuja solicitação foi aprovada no longo processo de pedido de asilo e que confiavam em poder viajar aos Estados Unidos.
O Tribunal de Apelações de San Francisco havia decidido, na quinta-feira passada, que os refugiados com solicitação já aprovada não estavam incluídos no decreto de Trump, em vigor desde Junho passado.
O decreto de Trump proibiu a entrada nos Estados Unidos de viajantes de seis países de maioria muçulmana - Síria, Líbia, Irã, Sudão, Somália e Iêmen - durante 90 dias, e de refugiados de todo o mundo durante 120 dias.
Mas isentou da medida qualquer um que possa justificar uma "relação válida com pessoa ou entidade nos Estados Unidos".
O tribunal de San Francisco considerou que as relações entre os refugiados e as organizações não governamentais americanas envolvidas na sua instalação nos Estados Unidos se enquadravam dentro desta "relação válida".
Os refugiados são acompanhados individualmente por estas organizações que os ajudam a encontrar alojamento, aprender inglês e encontrar trabalho.
O ST acatou os argumentos do Departamento de Justiça e suspendeu a decisão do tribunal de San Francisco, à espera de uma análise mais profunda por parte dos magistrados, prevista para 10 de Outubro