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Mineiros sul-africanos terminam greve


Mineiros da mina de Marikana regressarao ao trabalho
Mineiros da mina de Marikana regressarao ao trabalho

A empresa proprietária da mina sul-africana de Marikana, chegou a acordo com os mineiros, após mais de um mês de uma greve ilegal e violenta.

A Lonmin, empresa proprietária da mina sul-africana de platina de Marikana, anunciou ter chegado a acordo com os mineiros, após mais de um mês de uma greve ilegal e violenta. Os mineiros voltam quinta-feira ao trabalho.

Depois de quase seis semanas de uma greve ilegal, os trabalhadores da mina de platina de Marikana aceitaram um aumento salarial inferior aos 1500 dólares mensais que exigiam.

Um comunicado da Lonmin indica que o acordo alcançado no final de terça-feira concedeu aos trabalhadores um bónus de assinatura de 250 dólares e aumentos salariais entre os 11 e os 22 por cento.
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O mineiro grevista Gilbert Temo disse que ao abrigo do acordo irá receber um salário mensal de 1200 dólares antes das taxas e que os operadores mais experimentados de perfuradoras vão receber mais de 1300 dólares mensais antes dos descontos legais.

Mas o director-geral interino da Lonmin, Simon Scott, disse num comunicado que o acordo é “apenas um passo num longo e difícil processo”.

Rehad Desai, da Campanha de Solidariedade de Marikana, disse que o acordo foi uma vitória, mas que a sua campanha quer ainda levar justiça às famílias de 45 pessoas que foram mortas na violência relacionada com a greve. Entre elas estão 34 manifestantes mortos a tiro pela Polícia no dia 16 de Agosto depois de mineiros se terem concentrado fora da mina de Marikana. A Polícia disse ter disparado em auto-defesa. Investigações estão em curso.

Sinethemba Zonke, um analista político, disse que o sucesso dos mineiros de Lonmin pode inspirar trabalhadores de outras minas. Disse também que a greve poderá ter alargado fissuras existentes na sociedade e na política, que poderão ameaçar o Congresso Nacional Africano (ANC). O partido ganhou todas as grandes eleições desde 1994, tornando a África do Sul efectivamente um estado de partido único.

O ministro da Presidência, Collins Chabane, disse em comunicado “haver lições a serem tiradas desta experiência”. O ANC vai realizar uma grande conferência partidária em Dezembro e é claro que essas lições vão estar no topo das discussões.
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