Os soldados chineses em Hong Kong emitiram um alerta a manifestantes que lançaram lasers contra ose seus quartéis na cidade, na primeira interacção directa com forças militares do continente em quatro meses de manifestações anti-governamentais.
O impasse com o Exército de Libertação Popular ocorreu depois que comícios com dezenas de milhares de manifestantes neste domingo, 6 de Outubro, terminaram em confrontos violentos em vários locais. A polícia disparou gás lacrimogéneo contra a multidão, enquanto alguns manifestantes atiraram tijolos e bombas de gasolina contra a polícia.
Os manifestantes usaram máscaras, desafiando as novas leis de emergência da era colonial, invocadas pelas autoridades na sexta-feira, que proibiram máscaras faciais. Os manifestantes enfrentam no máximo um ano de prisão por violar a proibição das máscaras.
A polícia fez suas primeiras prisões sob as novas regras, detendo dezenas de pessoas. Os agentes amarraram os pulsos com cabos e desmascararam o rosto antes de colocá-los nos autocarros. Alguns manifestantes estavam em posição fetal no chão, com os pulsos amarrados nas costas, depois de serem subjugados com spray de pimenta e cassetetes.
“A lei anti-máscara apenas alimenta a nossa raiva e mais pessoas vão para a rua”, disse Lee, um estudante universitário de máscara azul, neste domingo, enquanto marchava na ilha de Hong Kong.
“Não temos medo da nova lei, continuaremos a lutar. Lutamos pela justiça. Coloquei a máscara para dizer ao governo que não tenho medo de tirania”.