A greve dos professores angolanos vai no seu quarto dia e, segundo o Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof), mais de 90 por cento das escolas do país estão paralisadas.
O sindicato, no entanto, fala em negociações mas sublinha que a paralisação só será suspensa se o Executivo assinar um memorando de preocupações com um cronograma para o cumprimento das exigências do caderno reivindicativo.
A greve com o fim marcado para dia 27 deste mês pode ser suspensa esta sexta-feira, 13, caso o Governo assumir o compromisso de responder às exigências dos docentes.
Em declarações à VOA, o presidente do Sinprof revela que as negociações correm a bom ritmo, mas reitera que “o fim da greve depende mais do Executivo, ou seja do Ministério da Educação e do Ministério do Trabalho”.
Entretanto, Guilherme Silva acusa os dirigentes da província do Kwanza Norte e Benguela de estarem a ameaçar os professores.
“Em Benguela, o director da Educação está a ameaçar descontar os salários os professores grevistas e a forçar os professores a trabalharem. Não podemos esquecer que a província do Kwanza Norte que é o epicentro das ameaças”, sublinhou.
O Sinprof também acusou o ministério da Educação de instrumentalizar o que chama de “sindicatos amarelos” de tentar boicotar a greve em algumas províncias do país.