Os enfermeiros de Luanda suspenderam desde segunda-feira, 11, as consultas nos centros de saúde, postos e hospitais públicos, devido à falta de resposta das autoridades provinciais às reivindicações do sector, que se arrastam desde 2012.
Em consequência, o Sindicato de Enfermeiros de Luanda afirma que aumentaram o número de mortos nos hospitais e ameaça com greve.
“Por falta de prescrição nos postos e centros medicos, os hospitais provinciais estão abarrotados e, por isso, o número de mortes tem aumentado”, denuncia António Afonso Kileba.
A decisão de suspender o atendimento, segundo aquele sindicalista, decorre da falta de resposta do Governo de Luanda ao caderno reivindicativo da classe entregue em 2012,
Entre as reivindicações estão o pagamento de retroactivos, subsídios de consulta e a falta de promoção na careira.
Depois de uma reunião na quarta-feira, 13, com o Governo provincial de Luanda, o Sindicato vai reunir-se agora com os profissionais para decidir se avança com uma greve "já na segunda-feira", avisou Kileba.
Recorde-se que desde há dois anos o Governo e a oposição, nomeadamente a UNITA, têm apresentado dados opostos sobre a situação sanitaria no país.
Há menos de um mês a UNITA denunciou um estado de calamidade pública na província da Lunda Norte, mas o Governo respondeu afirmando que os números estão dentro da média dessa época do ano.