O Governo da Rússia anunciou nesta sexta-feira, 7, que irá reforçar as defesas anti-aéreas do exército sírio após os bombardeamentos americanos contra uma base aérea de Al-Shayrat de onde partiu, segundo Donald Trump, um ataque químico que deixou mais de 100 mortos.
"Com o objectivo de proteger as infraestruturas sírias mais sensíveis, vamos adoptar uma série de medidas o mais rápido possível para reforçar e melhorar a eficácia do sistema de defesa antiaérea das Forças Armadas sírias", declarou o porta-voz do exército russo, Igor Konachenkov.
Em comunicado divulgado pelo Kremlin logo após os ataques americanos, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, que a acção americana é uma "agressão contra um Estado soberano", baseado em "pretextos inventados".
O líder russo "vê nos ataques uma tentativa por parte dos Estados Unidos de desviar a atenção da comunidade internacional das muitas vítimas entre a população civil no Iraque", onde tropas americanas lideram uma operação militar contra o Estado Islâmico".
Na noite de quinta-feira, 6, os Estados Unidos lançaram 59 mísseis Tomahawk contra uma base aérea síria, o que mostra uma mudança significativa na ação americana na região.
O ataque, que foi a primeira acção directa dos Estados Unidos contra o Presidente sírio, Bashar Al-Assad, deixou vítimas. As agências internacionais apontam entre quatro e nove mortos.
Ao falar à nação, Donald Trump responsabilizou o Presidente sírio, Bashar al-Assad, pelo ataque com armas químicas e pediu o apoio de países aliados.
"Pedi a todas as nações civilizadas que se unissem a nós, para acabar com o massacre e o derramamento de sangue na Síria. Anos de tentativas anteriores de mudar o comportamento de Assad falharam, e falharam muito dramaticamente", afirmou Trump.