A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou esta Segunda-feira quatro membros da Polícia Nacional e do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado como sendo os principais suspeitos do assassinato dos activistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule.
Mas um advogado disse duvidar que o caso se resuma a estes quatro indivíduos afirmando não ser possível que “operativos” dos serviços de segurança pudessem actuar sem ordens superiores
Os cidadãos Júnior Maurício, Francisco Pimentel Daniel, Augusto Mota e João Fragoso foram já indiciados pelo Ministério Público no crime homicídio voluntário contra Alves Kamulingue e Isaías Cassule, no ano passado.
Os suspeitos pertencem à Polícia Nacional e aos Serviços de Informação e Segurança., SINSE
A revelação dos nomes dos suspeitos foi feita em entrevista ao Jornal de Angola pelo Procurador-Geral Adjunto da República e coordenador da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal , Beato Paulo, que prometeu submeter o processo ao Tribunal Provincial de Luanda “em breve”.
O advogado Pedro Capracata considera que este processo tem indícios de estar viciado, por alegadamente, omitir a existência de autores morais no tipo de crime praticado.
Segundo a jurista não é possível um simples operativo da polícia ou da segurança tirar a vida a alguém sem que tenha sido ordenado por um superior hierárquico.
Pedro Caprataca questiona ainda a forma como processo tramitou da Investigação Criminal para o Ministério Público.
Ele disse que quem deve dirigir o processo desde o princípio é a PGR e não a Direcção Nacional de Investigação Criminal, acrescentando que é necessário saber quem ordenou a investigação.
Beato Paulo disse ao Jornal de Angola que as averiguações começaram na Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e só mais tarde, já na fase do processo-crime, é que a PGR assumiu a direcção efectiva das investigações e da instrução.
“O processo tem estado a ser trabalhado por magistrados da DNIAP e investigadores da DNIC,” disse o procurador adjunto acrescentando que as investigações prosseguem.
Na entrevista Beato Paulo revelou que a Direcção Nacional de Investigação Criminal tem sob investigação uma mega burla praticada por cidadãos brasileiros afectos a uma sociedade denominada Building Brasil que em Angola tomou a denominação Building Angola.
“São ofendidos muitos cidadãos angolanos de todos os estratos sociais, que no total foram lesados em mais de 140 milhões de dólares destinados à construção de 390 habitações nos projectos denominados “Bem Morar”, “Quintas do Rio Bengo”, “Nossa Villa”, “The One”, “Vila Gonga” e “Bem Morar em Harmonia Patriota”,” disse.
Vários cidadãos portugueses estão também a ser investigadores por envolvimento em crimes de branqueamento de capitais nos países de destino de dinheiros subtraídos ilicitamente de Angola, acrescentou.
Mas um advogado disse duvidar que o caso se resuma a estes quatro indivíduos afirmando não ser possível que “operativos” dos serviços de segurança pudessem actuar sem ordens superiores
Os cidadãos Júnior Maurício, Francisco Pimentel Daniel, Augusto Mota e João Fragoso foram já indiciados pelo Ministério Público no crime homicídio voluntário contra Alves Kamulingue e Isaías Cassule, no ano passado.
Os suspeitos pertencem à Polícia Nacional e aos Serviços de Informação e Segurança., SINSE
A revelação dos nomes dos suspeitos foi feita em entrevista ao Jornal de Angola pelo Procurador-Geral Adjunto da República e coordenador da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal , Beato Paulo, que prometeu submeter o processo ao Tribunal Provincial de Luanda “em breve”.
O advogado Pedro Capracata considera que este processo tem indícios de estar viciado, por alegadamente, omitir a existência de autores morais no tipo de crime praticado.
Segundo a jurista não é possível um simples operativo da polícia ou da segurança tirar a vida a alguém sem que tenha sido ordenado por um superior hierárquico.
Pedro Caprataca questiona ainda a forma como processo tramitou da Investigação Criminal para o Ministério Público.
Ele disse que quem deve dirigir o processo desde o princípio é a PGR e não a Direcção Nacional de Investigação Criminal, acrescentando que é necessário saber quem ordenou a investigação.
Beato Paulo disse ao Jornal de Angola que as averiguações começaram na Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e só mais tarde, já na fase do processo-crime, é que a PGR assumiu a direcção efectiva das investigações e da instrução.
“O processo tem estado a ser trabalhado por magistrados da DNIAP e investigadores da DNIC,” disse o procurador adjunto acrescentando que as investigações prosseguem.
Na entrevista Beato Paulo revelou que a Direcção Nacional de Investigação Criminal tem sob investigação uma mega burla praticada por cidadãos brasileiros afectos a uma sociedade denominada Building Brasil que em Angola tomou a denominação Building Angola.
“São ofendidos muitos cidadãos angolanos de todos os estratos sociais, que no total foram lesados em mais de 140 milhões de dólares destinados à construção de 390 habitações nos projectos denominados “Bem Morar”, “Quintas do Rio Bengo”, “Nossa Villa”, “The One”, “Vila Gonga” e “Bem Morar em Harmonia Patriota”,” disse.
Vários cidadãos portugueses estão também a ser investigadores por envolvimento em crimes de branqueamento de capitais nos países de destino de dinheiros subtraídos ilicitamente de Angola, acrescentou.