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Republicanos na Câmara dos Representantes discutem política de imigração


Marcha a favor da imigração em Washington D.C.
Marcha a favor da imigração em Washington D.C.

Congressistas republicanos estão a avançar com propostas para a reforma com vista a conservar os militantes que estão a abandonar o partido no Estado do Maryland.

Os republicanos estão em vias de assistir ou ouvir as posições de alguns dos seus congressistas mais conservadores que pretendem inscrever como prioritária a questão da segurança nas fronteiras.

O presidente Obama assim como os congressistas democratas e os activistas pró-reforma migratória estão a apelar aos republicanos na Câmara dos Representantes para fazerem de 2014 o ano de maior mudança da política de imigração, mas os analistas afirmam haver um longo e difícil caminho pela frente.

Alguns dos Estados americanos estão a tomar medidas legislativas de forma a lidar com uma população estimada de 11 milhões de indocumentados que vivem nos Estados Unidos. O Estado do Maryland, que faz fronteira com a capital americana Washington D.C., decidiu permitir aos imigrantes ilegais a obtenção de carta de condução, desde que cumpram um certo número de requisitos.

No seu discurso anual por ocasião do Estado da União, o presidente Obama voltou a apelar a acção dos legisladores.

Finalmente, se somos sérios acerca do crescimento económico, chegou a hora de dar atenção aos apelos de líderes de negócios, de organizações dos trabalhadores, das confissões religiosas e dos serviços da ordem, e melhorar o nosso desactualizado sistema de imigração”, disse Obama.

O presidente não apresentou, no entanto, ao Congresso a lista de propostas para a reforma migratória. Mark Kennedy da Universidade George Washington disse que foi inteligente: “Bem, penso que o presidente entende que o próximo passo no processo é fazer com que a Câmara dos Representantes actue, e quanto mais ele pressionar, menos os legisladores irão fazer”.

O presidente e outros democratas gostariam que a proposta de lei contemplasse as vias para a naturalização de residentes ilegais. Lloyd Doggett é representante democrata no Congresso: “Temos muitas famílias que estão separadas – pais distantes dos filhos – porque não têm os documentos próprios. Acredito que essas famílias que têm cumprido as leis, pagando os impostos, ou que procuram formas de pagar multas, possam conseguir enquadrar-se e concluir o processo de cidadania americana aqui”.

Mas muitos dos republicanos opõem-se a esta opção e afirmam que irão apenas votar favoravelmente a reforma sob certas condições. Andy Harris é um congressista republican, afirmou: “Talvez depois de debatermos sobre a segurança da fronteira, e se decidirmos retirar da mesa a questão da cidadania, outras vias poderão se abrir para negociações. Mas excluir a segurança da fronteira das negociações, receio que seja uma via sem saída na Camara dos Representantes.”

Um dos convidados da primeira-dama Michelle Obama durante à cerimónia do discurso do Estado da União foi Cristian Ávila, um activista dos direitos dos imigrantes que recentemente fez uma greve de fome durante 22 dias para pressionar o Congresso a agir. Ávila disse que pretende tornar-se cidadão americano e servir as forças armadas.

Penso definitivamente que a cidadania é muito importante para nós e nossas famílias, e assim não formaremos uma segunda categoria de cidadãos", afirmou.

Ávila adianta que tanto ele como outros imigrantes vão manter a pressão sobre os republicanos e democratas para aprovarem a reforma da lei de imigração.
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