A Organização Internacional das Migrações (OIM) diz que está a ser alvo de uma campanha de desinformação na República Centro Africana, o que coloca os seus funcionários em perigo, naquele país devastado pela guerra.
A campanha de difamação, na República Centro Africana, iniciou quando a sede da OIM, na capital Bangui, foi vandalizada, há mais de uma semana. No incidente, foram roubados bens que eram destinados a milhares de pessoas deslocadas.
O porta-voz da organização, Joel Millman, disse à VOA, em Genebra, que enquanto acontecia o saque, emergiram notícias na imprensa internacional e nas redes sociais dando conta de que a OIM armazenava armamento. Millman diz que a organização foi também acusada de tomar partido na violência.
“Gostaríamos de informar que nunca tivemos armas de guerra na nossa sede em Bangui, mas havia aproximadamente trinta e cinco jogos de protecção individual”, disse Millman, que explicou que tais jogos incluíam coletes e capacetes, que muitas organizações humanitárias internacionais têm, que terão sido levados pelos assaltantes.
O ataque ocorrido a 27 de Setembro na sede da OIM seguiu-se ao assassinato de um jovem muçulmano em Bangui, no dia anterior. Essa morte foi argumento para lutas étnicas e religiosas no país, deixando dezenas de mortos e feridos.
Millman disse que não conhece o dessa campanha de desinformação, que tem a ver com o que chama competição religiosa.
Os falsos rumores, afirmou Millman, deverão ser desfeitos de imediato antes de ganharem uma certa legitimidade.