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Repressão policial provoca 18 mortes em Myanmar


Pessoas choram a morte de um jovem morto nos protestos, em Yangong, Myanmar, hoje, 28 Fevereiro 2021
Pessoas choram a morte de um jovem morto nos protestos, em Yangong, Myanmar, hoje, 28 Fevereiro 2021

ONU condena a repressão de milhares de pessoas que protestam contra o golpe de Estado de 1 de Fevereiro

Em Myanmar, a polícia matou 18 pessoas e feriu mais de 30 neste domingo, 28, ao reprimir novos protestos em pelo menos cinco cidades do país, Rangum, Dawei, Mandalay, Bago e Pokokku.

A polícia atirou contra os manifestantes após não conseguir dispersar as multidões com gás lacrimogéneo e bombas de efeito moral que protestavam contra o golpe militar de 1 de Fevereiro.

O golpe, que interrompeu as tentativas de democracia após quase 50 anos de regime militar no país, levou centenas de milhares de pessoas às ruas e foi condenado por países ocidentais.

Os Estados Unidos pediram uma condenação internacional do golpe dos militares e instou a China a fazer o mesmo.

O Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas condenou veementemente a violenta repressão.

"Condenamos veementemente a repressão cada vez mais violenta sobre os protestos em Myanmar e pedimos aos militares que parem imediatamente de usar a força contra manifestações pacíficas", afirmou Ravina Shamdasani, porta-voz daquele órgão, reiterando que “o uso de força letal contra os manifestantes não violentos nunca é justificável de acordo com os padrões internacionais de direitos humanos".

No dia 1, os militares que durante décadas dirigiram o país com mãos de ferro, destituíram o Governo liderado Aung San Suu Kyi, que está presa, bem como vários membros do Executivo.

Eles justificaram o golpe de Estado com uma alegada fraude eleitoral nas eleições legislativas de Novembro passado, ganhas por esmagadora maioria pela Liga Nacional para a Democracia, partido de Suu Kyi, Prémio Nobel da Paz.

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