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Relatório revela aumento de tráfico e consumo de droga em África


Guiné-Bissau é citado como sendo um país de livre trânsito de droga, enquanto em Moçambique duplicou a quantidade de droga apreendida e em Cabo Verde aumentou o consumo.

O Órgão Internacional de Controlo de Estupefacientes, instituição independente mas que integra o sistema das Nações Unidas, revela no seu relatório de 2013 que no ano passado registaram-se tendências alarmantes de aumento de drogas ilícitas em África.

Houve um aumento considerável do fabrico e contrabando de metafetaminas, assim como do consumo de ópio, cannabis, estimulantes e cocaína. Guiné-Bissau é citado como sendo um país de livre trânsito de droga, enquanto em Moçambique duplicou a quantidade de droga apreendida e em Cabo Verde aumentou o consumo.

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Os anos de 2012 e 2013 na África Ocidental e na África Central foram marcados por vários golpes de Estado e violência que propiciaram o surgimento de grupos rebeldes e militares que se aliaram a cartéis que traficam droga para a Europa.

Com este pano de fundo, aquelas regiões do continente africano viram-se penetradas ainda mais por traficantes de droga que alimentam e se alimentam das crises políticas, sociais, económicas, religiosas e étnicas, que se multiplicam aliadas à insegurança generalizada.

O Órgão Internacional de Controlo de Estupefacientes refere ao golpe de Estado de 12 Abril de 2012 na Guiné-Bissau e a crise institucional e de segurança que se seguiu e que, segundo relatório, contribuíram e muito para que o território fosse usado por traficantes.

Segundo o relatório, as drogas chegam à Guiné-Bissau por mar, terra e ar e, em cada transacção, o tráfico movimenta centenas de quilos de cocaína, a maioria com destino à Europa.

A cannabis, também conhecida por maconha ou marijuana, continua a ser cultivada em todo o continente. Nigéria e Egipto lideram a produção mas também a prisão de traficantes daquele produto.

Espanha continua a ser a porta de entrada para a droga proveniente de Marrocos.

Moçambique é citado no relatório como tendo duplicada, entre 2010 e 2011, a quantidade de cannabis apreendida pelas autoridades.

O Órgão Internacional de Controlo de Estupefacientes adverte para o aumento do consumo local principalmente a médio prazo com o crescimento da população africana.

Como exemplo do aumento do consumo local, o relatório cita Cabo Verde onde um estudo publicado em 2013 revelou que 7,6 por cento da população consumiu ou provou alguma droga ilícita pelo menos uma vez na vida e que 2,6 por cento tinha usado droga no último ano.

A nível mundial, resume o relatório, há novas drogas na Europa, a América Central continua a ser muito afectada pela violência como decorrência da acção dos cartéis, na América do Sul o cultivo reduziu e atingiu níveis comparáveis a 1999 e o Governo americano é criticado por não combater o uso da cannabis em alguns estados como impõem os tratados internacionais.
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