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Redes sociais, empreendedorismo e o impacto no activismo junto da sociedade civil


Yali Fellows - Jovens líderes dos países africanos de expressão portuguesa que participaram no programa Yali 2014 nos EUA.
Yali Fellows - Jovens líderes dos países africanos de expressão portuguesa que participaram no programa Yali 2014 nos EUA.

África vive os primeiros momentos e experiências positivas em torno das novas tecnologias, mas elas por si só não resolvem os problemas; conclusões no fórum com os jovens em Washington

No painel desta manhã da cimeira Presidencial dos Jovens Líderes Africanos, a discussão foi em torno do poder das redes sociais e do empreendedorismo no activismo.

"Fazer parte da sociedade civil não é fácil, tão pouco em África", disse Sipho Moyo, directora da Campanha One para África.

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Mas como ter abordagens empreendedoras para o activismo? Em África, onde o acesso às tecnologias, à Internet tem custos ainda elevados, os obstáculos parecem maiores e os desafios colocam-se em todas as frentes.

Os jovens que participam neste programa têm todo o tipo de questões, de como usar o poder das redes sociais, a como conciliar parceiros e ideias para que na prática modelos de boa governação e gestão sejam aplicados.

Sipho Moyo considera que para que a mudança seja efectiva é preciso perceber quais os problemas das pessoas e como envolver os decisores nesses problemas.

E se isso não for suficiente, é importante lembrar que o Governo não é o único parceiro disponível e que para se ser activista não tem que se ser necessariamente do contra.

As vozes que se levantam a favor de uma melhor gestão, também reforçam que ser activista por si só não é viável, tem que se ser empreendedor ao mesmo tempo, como explica Bill Carter da Diamond Leader for Africa.

É essencial construir plataformas sustentáveis que não se limitem ao mundo virtual, mas que sejam aplicáveis à realidade, disse um dos oradores.

E é possível conciliar ambos, como nos disse um dos participantes do programa, Ivan Collinson, que veio de Moçambique.

Contudo, esta realidade das plataformas tecnológicas ainda não está ao alcance de todos. África vive os primeiros momentos e experiências positivas em torno destas possibilidades.

Cadija Mané, da Guiné Bissau, faz parte deste programa de jovens líderes, e no seu país ela é uma activista que reconhece as limitações e ao mesmo tempo o poder das redes sociais.

PR Barack Obama desafia jovens africanos a mudar o mundo

O fraco acesso às tecnologias em África, prova também que a tecnologia é importante mas não é a resposta por si só. Neste fórum os jovens foram elucidados sobre a importância da colaboração entre os mais diversos parceiros e da sua capacidade de decisão, porque neste momento eles são o produto da mudança do seu continente.

O programa que junta 500 jovens africanos em Washington termina amanhã, com um encontro com a primeira-dama americana, Michelle Obama.

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