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Ramaphosa envia emissários a sete países africanos para amenizar críticas


Moçambique não integra a lista apesar dos seus cidadãos serem um dos alvos da violência
Moçambique não integra a lista apesar dos seus cidadãos serem um dos alvos da violência

O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa enviou emissários ao mais alto nível para Nigéria, Níger, Gana, Senegal, Tanzânia, República Democrática do Congo e Zâmbia com a mensagem de que os seus cidadãos são bem-vindos no país.

O anúncio foi feito neste domingo, 15, um dia depois de Ramaphosa ter sido apupado em Harare, antes de discursar no funeral de Estado do antigo Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe.

Na altura, ele pediu desculpas.

"Estou diante de vocês, como um colega africano, para expressar meu arrependimento e pedir desculpas pelo que aconteceu em nosso país", disse Ramaphosa, sendo, de seguida, aplaudido.

"Os enviados especiais têm a tarefa de tranquilizar os países africanos de que a África do Sul está comprometida com os ideais de unidade e solidariedade pan-africanas. Os enviados especiais vão também reafirmar o compromisso da África do Sul com a Lei e Ordem", lê-se no comunicado da Presidência sul-africana, acrescentando que eles têm uma mensagem de Ramaphosa para os Chefes de Estado “sobre os incidentes de violência contra imigrantes estrangeiros na África do Sul, que se manifestaram em ataques a estrangeiros e na destruição de propriedades".

Moçambique excluído

Moçambique, país cujos cidadãos são dos mais afectados na África do Sul, não consta da lista que vai receber enviados de Cyril Ramaphosa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique informou que cerca de 400 cidadãos regressaram ao país e mais de 500 viram as suas casas incendiadas.

A África do Sul, a segunda maior economia do continente, é um importante destino para outros migrantes africanos, mas nos últimos tempos o país tem registado ondas de violência xenófoba contra estrangeiros africanus e seus negócios.

Nas últimas duas semanas, 12 pessoas foram mortas, mais de 600 foram detidas e mais de mil imigrantes já regressaram aos seus países.

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