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Quénia remodela serviços secretos


President do Quénia, Uhuru Kenyatta
President do Quénia, Uhuru Kenyatta

Na sequência de vários ataques levados a cabo pelo al Shabab depois da intervenção queniana na Somália em 2011, os quenianos sentem-se cada vez mais inseguros.

O Governo do Quénia está a proceder a uma remodelação dos seus serviços secretos no momento em que o país se debate com vários problemas de segurança.

O general Philip Kameru nomeado para chefiar os serviços secretos foi alvo de duras questões quando depunha perante a Comissão de Defesa e Relações Exteriores do parlamento queniano.

Kameru disse aos legisladores que a sua experiência como chefe dos serviços secretos do exército o tinha preparado para lidar com eficácia com os crescentes ataques terroristas originados especialmente na vizinha Somália: “A compreensão das questões da defesa são semelhantes às que encontrei nas forças armadas. Não estamos a lidar com algo que nos seja estranho. Tenho a experiência militar e as capacidades de liderança necessárias”.

Durante o seu depoimento, Kameru afirmou que uma das suas prioridades será travar o recrutamento e reabilitar centenas de jovens quenianos que decidiram juntar-se ao grupo militante somali al-Shabab com ligações à al-Qaeda.

Na sequência de vários ataques levados a cabo pelo al-Shabab depois da intervenção queniana na Somália em 2011, os quenianos sentem-se cada vez mais inseguros.

A ocupação letal de um centro comercial em Nairobi no ano passado criou pressões ainda maiores sobre o governo.

Kameru, um oficial de carreira, foi nomeado para chefiar os serviços secretos em Agosto pelo presidente Uhuru Kenyata depois do seu antecessor, general Michael Gichangi, se ter demitido alegando razões de ordem pessoal.

Gichangi foi contudo alvo de críticas acerca do modo pouco eficaz como lidou com o caso do centro comercial e pela sua incapacidade em antecipar novas ameaças terroristas no país.

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