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Quénia: Forças de segurança terminam sequestro terrorista


Membros das forças de segurança e jornalistas escondem-se atras de um veiculo durante troca de tiros no centro comercial Westgate (Nairobi, Setembro 2013)
Membros das forças de segurança e jornalistas escondem-se atras de um veiculo durante troca de tiros no centro comercial Westgate (Nairobi, Setembro 2013)

As autoridades quenianas dizem que apenas uns quantos reféns permanecem dentro do centro comercial em Nairobi atacado no sábado por militantes islamitas. Dezenas de pessoas morreram.

As forças quenianas estão agora a procurar reféns e atacantes que ainda se encontrem dentro do centro comercial o qual dizem controlar, e que foi atacado por militantes islamitas no sábado quando ali se encontravam centenas de compradores.

O ataque foi reivindicado pelo grupo terrorista somali al-shabab – como forma de retaliação pela intervenção militar queniana no sul da Somália.

As forças quenianas iniciaram o seu assalto ao centro comercial Westgate ao fim do dia de domingo, para recuperar os que ali permaneciam como reféns dos islamitas ou apenas escondidos nas instalações.

Joseph Ole Lemku, ministro do interior do Quénia, disse em conferência de imprensa que as forças de segurança quenianas controlam agora todos os pisos do edifício comercial e, sem precisar quantos, que tinham salvo a maior parte dos reféns. Acrescentou que dois atacantes foram mortos na operação militar, e que 10 agentes de segurança tinham ficado feridos.

O ministro falava hora e meia depois de se terem ouvido grandes explosões vindas da direcção do centro comercial, seguidas de tiros. Uma coluna de fumo espesso continuava a elevar-se por cima do centro comercial. Segundo o ministro do interior, os militantes lançaram fogo a colchões como manobra de diversão.

Segundo este responsável queniano, 62 pessoas morreram desde o início do assalto no sábado. Mas a Cruz Vermelha queniana coloca o número de mortos em 69, com 175 feridos e 65 pessoas desaparecidas.

Numa mensagem enviada à imprensa Somali, o porta-voz da al-shabab, Ali Mohamed Rade dizia “deixem o nosso país ou vivam com ataques constantes.”

As forças quenianas entraram na Somália há dois anos para combater os militantes da al-shabab que com frequência atravessavam a fronteira para o Quénia, para lançarem ataques.

O presidente Uhuru Kenyatta prometeu mão dura contra a ameaça terrorista e prometeu também castigar os que estão por detrás do ataque de forma “rápida” e “dolorosa.”

No domingo Kenyatta disse que o seu sobrinho e a sua namorada se encontravam entre os que morreram no ataque, e que ele sentia dor por todas as vidas que se perderam.

O conselho de segurança da ONU e o Secretário-geral, Ban ki-Moon, também condenaram durante o ataque. Ban considerou o ataque contra civis indefesos um acto “premeditado” e “totalmente repreensível.”

Entre os mortos estão, aparentemente, cidadãos britânicos bem como franceses, canadianos, chineses, indianos e sul-coreanos. Os Estados Unidos indicaram que não havia americanos entre os mortos, mas que poderiam haver alguns feridos.

O presidente Barack Obama telefonou ao seu homólogo presidente Kenyatta para oferecer pêsames e reafirmar o empenho americano na luta antiterrorista do Quénia.
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