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"Quando ocupamos um espaço, pensa-se que é por sexo ou porque estamos a bajular", diz Sofia Buco


Sofia Buco
Sofia Buco

Em Angola, as mulheres representam 52 por cento da população, mas dizem que continuam a ser discriminadas.

Em conversa com a VOA, muitas disseram que os homens angolanos já m0straram provas que não são competentes para governar o país.

Professoras, empresárias, políticas, activistas, médicas e outras profissionais estão espalhadas por vários sectores da vida angolana.

Albertina Navemba Ngolo, deputada pela UNITA, lamenta, no entanto, que o número de mulheres profissionais seja reduzido e que muitas mulheres passem por dificuldades.

“Muitas sustentam o país a partir das suas casas, são pais e mães, muitas são abandonadas, espancadas, violentadas, raptadas e mortas”, lamenta a parlamentar, para quem o número de mulheres na política ainda não satisfaz, apesar de se ter provado que “os homens angolanos não estão preparados para governar” o país.

“Nós somos a força da humanidade e temos o direito de assumir os lugares na governação”, defendeu Ngolo.

Por outro lado, a apresentadora de televisão Sofia Felicidade Alberto Buco considera grave o facto de mesmo quando as mulheres estão numa posição privilegiada haver pessoas a pensar que foi por troca de favor sexual ou tráfico de influência.

“O espaço é muito pequenino, os homens acham que é um espaco que nos estão a dar para não reclamarmos. E quando ocupamos um espaço, pensa-se que é por sexo ou porque estamos a bajular”, conclui.

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