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Putin e Biden vão tentar encontrar questões em que possam cooperar


O local do encontro
O local do encontro

Encontro em Genebra surge no meio de tensões e depois de Biden ter descrito o presidente russo como “um assassino”

Os Presidentes dos Estados Unidos Joe Biden e da Rússia Vladimir Putin reúnem-se em Genebra na quarta-feira, o seu primeiro encontro desde que Biden assumiu a presidência em Janeiro.

O encontro surge numa altura de aumento de tensões que Biden e Putin deverão discutir para encontrar meios de se normalizarem as relações.

Durante as duas décadas que se encontra no poder o presidente Vladimir Putin tem visto presidentes americanos, Democratas e Republicanos prometerem reactivar as relações com Moscovo para depois ver as queixas aumentarem.

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Pavel Sharikov do Instituto Canada Estados Unidos avisa que poderá haver dificuldades na cimeira.

“A agenda é tão complexa, tão carregada de diferentes questões que é por isso que acredito que o diálogo é preciso mesmo que seja só para dialogar”, disse.

Iniciativa foi de Biden

Foi o Presidente Biden quem teve esta iniciativa afirmando que quer colocar as relações entre os Estados Unidos e a Rússia numa base mais estável e previsível.

Mas isso veio depois do dirigente americano ter apelidado Putin em Março de “assassino” numa entrevista a uma cadeia de televisão, causando protestos furiosos em Moscovo ao mesmo tempo que o Kremlin concentrava dezenas de milhar de tropas ao longo da fronteira com a Ucrânia.

Observadores políticos dizem que estes acontecimentos provam que Putin não pode ser ignorado por Biden como disse o analista política Irill Rogov para quem “reunir-se com um assassino só acontece quando para bem da segurança global não há outra alternativa”.

Putin já expressou desde então esperança que a cimeira sirva para normalizar as relações afirmando que espera que a cimeira sirva para se “resolver as relações (que) de momento estão a um nível extremamente baixo”.

Por detrás da animosidade está a irritação americana como a alegada interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 que resultaram em sanções e na expulsão mútua de diplomatas.

Mais recentemente os Estados Unidos acusaram a Rússia de estar por detrás de ataques cibernéticos a infraestruturas americanas outra acusação que Moscovo nega.

Putin precisa da América

Na verdade o Kremlin argumenta que são os Estados Unidos quem interferem, uma acusação que usa para justificar a repressão de dissidentes e de apoiar a repressão contra protestos pró ocidentais em países vizinhos como a Bielorussia.

Ivan Kurilla da Universidade Europeia em São Petersburgo afirmou que “Putin precisa da América como um inimigo para propósitos domésticos mas ao mesmo tempo precisa internacionalmente da América como um parceiro”

Na verdade as duas partes já mostraram que podem reduzir as diferenças no que diz respeito a questões globais como no controlo de armas, prolongando o Novo Tratado Start de limitação de armas estratégicas nos primeiros dias da administração Biden.

E – caso não haja qualquer surpresa - muitos vêm um acordo sobre o regresso de diplomatas expulsos como o primeiro passo para se continuar as conversações para além de Genebra para melhores dias no futuro.

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