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Professores de universidades públicas dão moratória ao Governo angolano


Os professores de universidades públicas de Angola recuaram na sua decisão de avançar com uma greve devido ao incumprimento do caderno reinvindicativo por parte do Governo.

Os docentes resolveram dar uma nova moratória de 90 dias à tutela, antes de partirem para uma paralização geral.

O SINPES, sindicato da categoria, deixa claro que não se trata de uma reivindicação de uma minoria de deputados e ministros que dão aulas na universidade, mas sim professores universitários que, de facto, vivem do seu salário.

Manuel Domingos, porta-voz do SINPES na região académica Luanda-Bengo, diz que os professores ponderaram não prejudicar os estudantes - na recta final da realização dos exames finais - com uma paralização e deram um novo ultimato ao Ministério do Ensino Superior de três meses, fim dos quais apoderá despoletar uma greve.

Professores de universidades públicas dão moratória ao Governo angolano
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''Remetemos um novo ultimato de 90 dias ao Ministério de tutela para se pronunciar em favor da resolução do caderno reivindicativo de nove pontos apresentado em Março, no caso se o Ministério do Ensino Superior não se pronunciar a nosso favor declaramos uma greve que pode colocar em risco a abertura do novo ano lectivo em 2017''.

Um dos nove pontos constantes do caderno reivindicativo é a questão salarial e o sindicalista diz não entender como um professor com as mesmas qualificações no ensino não universitário ganha mais que um docento do ensino superior.

''Nós registamos uma degradação financeira da nossa situação, hoje por exemplo um professor universitário com grau de licenciado vence duas vezes menos que outro professor com mesmo grau que lecciona no ensino não universitário, outro exemplo um professor titular na universidade ganha 350 mil kwanzas, muito abaixo de um professor doutor que dá aulas no ensino não universitário'', denuncia.

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