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Professores já não acreditam no governo angolano - Sindicalista


Presidente nacional do sindicato nacional de professores, SINPROF, Guilherme Silva
Presidente nacional do sindicato nacional de professores, SINPROF, Guilherme Silva

O presidente do Sindicato Nacional de Professores, Guilherme da Silva disse já não acreditar mais nas promessas das autoridades angolanas.

O dirigente do SINPROF justificou esta posição pela facto do processo negocial se arrastar desde o ano de 2013 sem quaisquer resultados.

Professores angolanos em pé de guerra - 21:00
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Guilherme da Silva falava á Voz da América numa altura em que o governo angolano e professores do ensino geral e universitário continuam sem consenso em relação à satisfação das reivindicações que já duram há mais de nove anos.

A paralisação geral das aulas pode estar iminente.

O ministério da educação e os sindicatos dos professores, quer do ensino geral, como do ensino superior, têm vindo a realizar várias negociações, cujo objectivo é discutir as reivindicações da classe, que se arrastam há alguns anos.

Em pleno ano de eleições, as autoridades angolanas procuram, a todo
custo, mobilizar os líderes sindicais para se acautelar uma eventual
paralisação das aulas, cujas consequências são imprevisíveis.

O excesso de alunos nas salas de aulas, excessiva carga horária, e a
perda do poder de compra dos salários dos professores, são apenas
algumas reivindicações que se levantam todos os anos.

Por outro lado, o sindicato dos professores recorda que nos encontros
negociais anteriores com o Ministério da Educação foi produzido um
“memorando de entendimento”, mas que “infelizmente nem sequer 10%
daquilo que foi acordado foi resolvido.

O presidente da república José Eduardo dos Santos, em despacho
divulgado no início desta semana, exonerou o ministro do ensino
superior, Adão do Nascimento. Uma exoneração aplaudida e que confirma
o clima de instabilidade neste sector

Ainda esta semana, líderes dos sindicatos do sector da educação deram
entrada, junto da presidência da república, de uma carta dirigida ao
presidente, José Eduardo dos Santos, na qual expõem as preocupações da
classe e suas expectativas para o desfecho deste impasse.

Para falar sobre o assunto ouvimos, o presidente do SINPROF, Guilherme Silva, o presidente da federação dos sindicatos dos trabalhadores da educação, José Joaquim Laurindo, o coordenador da comissão negocial, David Chivela e David Kinjika, do ministério da administração pública, trabalho e segurança social.

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