O Hospital Central de Lubango Dr. António Agostinho Neto, o maior do sul de Angola pode encerrar dentro de dois anos.
Reabilitado no âmbito de uma linha de crédito da China em 2012 apresenta problemas na sua estrutura.
O alerta é do director do Gabinete Provincial da Saúde da Huíla, Eleutério Hivilíkwa, num encontro em que o governador local auscultou o funcionamento do sector.
Para aquele responsável, a unidade hospitalar apresenta muitos problemas que ficam visíveis nesta época de chuvas.
“Das constatações que nós fizemos nós vimos que o Hospital Central do Lubango não foi reabilitado. As pessoas pintaram algumas paredes, pintaram alguns tubos, mas não foram mais a fundo porque é um hospital que infiltra água por toda parte e essa água vai destruindo quase tudo no tempo chuvoso é um caos”, denuncia Hivilíkwa.
O orçamento da reabilitação do hospital, na ocasião, ficou avaliado em cerca de 48 milhões de dólares, mas seis anos depois questiona-se a qualidade da obra.
O governador da Huíla, João Marcelino Tchipingui, fez uma avaliação geral e reconhece as fragilidades dos hospitais locais.
“Eu tenho dito que nós temos hospitais monumentais mas temos apenas paredes e não temos hospitais e ainda damo-nos ao luxo de chamarmos hospitais de referência e hospitais regionais. Temos de facto que criar condições para que o hospital central venha a ser um hospital regional um hospital de referência”, reconheceu o governante.
A reabilitação do Hospital Central do Lubango tinha sido fortemente elogiada pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que se deslocara à Huíla para proceder à sua inauguração.