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Presidente do Senado do Chile recusa jantar com Bolsonaro


Presidente brasileiro participa numa cimeira com colegas do Chile e da Colômbia
Presidente brasileiro participa numa cimeira com colegas do Chile e da Colômbia

O presidente do Senado do Chile, Jaime Quintana, afirmou na terça-feira, 19, ter recusado um convite do Presidente do país, Sebastián Piñera, para participar do almoço que será oferecido a Jair Bolsonaro.

Quintana, do Partido pela Democracia, de centro-esquerda, assumiu o comando do Senado na semana passada e afirmou que participará na quinta-feira em eventos em que participa o Chefe de Estado da Colômbia, Iván Duque, também da direta, mas que não estará em nenhum evento da programação de Bolsonaro.

"Numa visita oficial (não de Estado), o Senado não tem obrigação de participar. O Presidente Piñera nos convidou para almoçar em homenagem a Bolsonaro e como Mesa (que comanda o Senado) decidimos não ir. Minha convicção não me permite homenagear aqueles que se manifestam contra minorias sexuais, mulheres e indígenas", escreveu.

Alfonso de Urresti, vice-presidente do Senado, do partido socialista, também recusou o convite para participar da recepção a Bolsonaro, na sede do Governo, e declarou que o Presidente do Brasil é um "perigo para a democracia".

"É um ultradireitista, que pode provocar muito dano. Meu gesto de desagravo é a Bolsonaro, e não ao povo brasileiro", afirmou.

A posição dos senadores Quintana e Urresti, de esquerda, foi criticada por representantes que apoiam o Governo de direita de Sebastián Piñera.

A chefe de bancada da União Democrática Independente (UDI), Ena von Baer, disse que Quintana "tomou essa decisão como senador de esquerda, mas não representando todos nós".

Iván Moreira, outro senador da UDI, afirmou que a decisão da mesa do Senado, liderada por Quintana "representa uma atitude muito pouco republicana".

Bolsonaro e Duque participarão, na sexta-feira, em Santiago, de uma cimeira presidencial, para abordar a criação de um novo grupo de integração na América do Sul denominado Prosul.

A visita de Bolsonaro gerou muitas críticas da oposição ao governo de Piñera e de organizações de defesa de minorias, que rejeitam as posições conservadoras do Presidente brasileiro.

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