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PR angolano e líder da UNITA analisam situação do país com eleições à vista


Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, e João Lourenço, Presidente da República, Angola, 1 Abril 2022
Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, e João Lourenço, Presidente da República, Angola, 1 Abril 2022

É a primeira vez que João Lourenço recebe Adalberto Costa Júnior e também avistou-se com o líder da FNLA, Nimi a Simbi

Pela primeira vez, o presidente da UNITA e o líder da oposição em Angola foi recebido pelo chefe de Estado, um dia depois de Adalberto Costa Júnior ter sido empossado como membro do Conselho de Estado, órgão consultivo de Presidente da República.

Também nesta sexta-feira, 1, João Lourenço recebeu o presidente da FNLA, Nimi a Simbi.

"É um encontro que há muito os angolanos gostariam que fosse realizado e nós também. O diálogo tem que ser regular e normal na vida política e institucional, mas que no nosso caso infelizmente ainda não é assim", disse Adalberto Costa Júnior aos jornalistas após o encontro que ele classificou de “positivo”.

Entre os vários temas tratados, Costa Júnior revelou ter abordado com João Lourenço o papel da comunicação pública que tem "censurado as actividades da UNITA".

"O presidente da UNITA não tem acesso à comunicação social pública, o que não fica bem num país como o nosso, numa altura em que estamos a dar passos para a campanha eleitoral", acrescentou o líder da oposição.

As eleições previstas para Agosto também estiveram no centro da conversa, segundo Adalberto Costa Júnior, quem reiterou que as elas têm de ser “verdadeiramente transparentes, democráticas, que sejam eleições que contam com observação internacional plural que nos últimos actos eleitorais não teve".

Aliás, para o líder da UNITA, o registo eleitoral oficioso cujo prazo foi alargado em uma semana devia ter um período maior, no entanto, disse esperar que “não continuemos a assistir às mesmas longas filas" nos Balcões Únicos de Atendimento ao Público.

Costa Júnior abordou com João Lourenço, a alternância, que, para ele, “deve ser encarada como normal em democracia mas como ela nunca ocorreu em Angola, ainda traz apreensões”.

A Presidência da República informou da realização dos encontros na sua página no Facebook e disse que “os dois políticos, depois de recebidos pelo Presidente da República, disseram aos jornalistas terem abordado nas audiências questões de relevância para o país, com realce para as eleições legislativas que terão lugar em Agosto próximo”.

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