O Presidente angolano, João Lourenço, atribuiu à ministra do Ordenamento do Território e Habitação a coordenação do milionário Plano Director Metropolitano de Luanda, elaborado pela empresa Urbinvest, de Isabel dos Santos.
O despacho presidencial datado de 2 de Abril determina que a ministra Ana Paula de Carvalho seja coadjuvada pelo governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho.
A governante pode criar um grupo de trabalho, constituído por técnicos especializados, e recorrer ao apoio técnico da “empresa responsável pela elaboração do Plano Diretor Geral de Luanda”, que pertence à filha do ex-presidente de Angola José Eduardo dos Santos.
O analista Pedro Capracata considera que a decisão presidencial pode indicar o afastamento da empresária Isabel dos Santos d emais uma empreitada, que lhe foi atribuída pelo seu pai enquanto Presidente da República.
O Plano Diretor Geral Metropolitano de Luanda está projectado para construir “uma capital com 12,9 milhões de habitantes em 2030, com 13 novos hospitais,1.500 escolas, parques comunitários e outros", preservando o ambiente e o património cultural, bem como o seu carácter urbano e identidade.
As obras deviam ter iniciado em 2016.
Por altura da apresentação pública plano em 2015, Isabel dos Santos explicou que para a elaboração do projecto a empresa fez várias reuniões, consultou mais de 20 mil documentos e manteve contactos com vários membros da sociedade civil, de quem recolheu ideias para um projecto mútuo.
Santos, falando na Presidência da República, avançou que para a elaboração do plano tinham também sido feitos estudos sobre o uso dos solos, a gestão social (creches, escolas e outras ), transportes, mobilidade, rede ferroviária, estradas e meio ambiente.
