Os governos de Portugal e Guiné-Bissau assinaram hoje, 28, em Lisboa um protocolo que vai permitir a retomada de voos entre os dois países, suspensos desde Dezembro passado, na sequência do incidente que permitiu a entrada ilegal de 73 sírios em Portugal num voo da TAP.
O protocolo foi assinado na presença dos primeiros-ministros de Portugal e da Guiné-Bissau, Pedro Passos Coelho e Domingos Simões Pereira, respectivamente.
O documento permitirá uma maior cooperação entre os serviços competentes dos controlos fronteiriços dos dois países dando garantias que incidentes como o ocorrido em Dezembro passado não mais se voltarão a repetir, disse o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, na cerimónia de assinatura do documento.
Por seu lado, Mário Lopes da Rosa, o chefe da diplomacia guineense, considerou o acto de um virar de página.
Foram precisos sete meses, um novo Governo na Guiné e esforços diplomáticos de ambos os países para ultrapassar o incidente de Dezembro do ano passado.
Na cerimónia, o ministro Rui Machete anunciou que Portugal irá enviar a curto prazo para a Guiné-Bissau 15 toneladas de medicamentos e equipamentos médicos angariados pelo Infarmed junto de laboratórios nacionais e estrangeiros.
Este material destina-se a suprir necessidades básicas e urgentes.
O presidente da companhia aérea TAP admitiu hoje que as ligações podem ser retomadas na última semana de Outubro.