Portugal e Espanha realizam nesta sexta-feira, 15, o primeiro clássico do Mundial.
O jogo tem por atracção o enfrentamento entre Cristiano Reinaldo e os “seus colegas” do Real Madrid.
A expectativa reside também em saber como os campeões da Europa chegam ao Mundial, depois de uma eliminatória titubeante, enquanto os espanhóis prometem apesar da demissão do técnico a três dias di início da prova.
A Espanha gosta de ter o domínio do jogo.
Nas eliminatórias, a Roja - que será comandada por Fernando Hierro, anunciado após a turbulenta demissão de Julen Lopetegui, novo técnico do Real Madrid - teve a segunda maior média de posse de bola (66%, atrás apenas da Alemanha, que alcançou 69%).
Famosa pelo estilo de jogo do tiki-taka, com muita posse e troca de passes rápidos, a selecção espanhola mantém esta filosofia, apesar do modelo não ter funcionado na última Copa, no Brasil, quando foi eliminada ainda na fase de grupos, com direito a goleada sofrida para a Holanda, por 5 a 1.
A experiência de campeões mundiais, no entanto, conta muito para grupos que desejam levar novamente a taça.
No actual grupo espanhol, Piqué, Iniesta, Sergio Ramos, Busquets, David Silva e Reina levantaram a taça em 2010, na África do Sul.
Os seis estiveram presentes também em 2014 e certamente levam ensinamentos valiosos daquele insucesso.
Se souber estancar a crise de comando técnico, Hierro tem condições de fazer um bom trabalho.
Por seu lado, Portugal tem um grupo unido e um estilo de jogo, no entanto, muito dependente de Ronaldo.
O forte deve ser o contra-araque, aproveitando Cristiano Ronaldo na frente.
Com apoio de William Carvalho e João Moutinho e a qualidade de Bernardo Silva, a transição rápida para o ataque tem potencial para surpreender a forte defesa espanhola, que deve se cuidar com o poderio ofensivo português.
Com um estilo de jogo coletivo, a Espanha não tem uma grande estrela no elenco, como Portugal, Argentina e Brasil, com CR7, Messi e Neymar, respectivamente.
A responsabilidade de decisão é distribuída entre os principais nomes da equipa, como Iniesta, Isco e David Silva.
Favoritos para passarem à segunda fase, portugueses e espanhóis têm no grupo B marroquinos e iranianos à espera do mínimo deslize.