As forças de segurança de Burkina Faso entraram num dos hotéis mais importantes da capital Ouagadougou, libertaram 126 reféns e mataram três homens armados do grupo que invadiu o local no final da tarde de sexta-feira.
O atentado, que deixou pelo menos 23 mortos, foi reivindicado pela al-Qaeda no Magreb Islâmico.
Na comunicação ao país, o ministro de Segurança Simon Compaore afirmou que operações ainda estão em curso nas proximidades do hotel, enquanto os policias investigam se há agressores escondidos noutro estabelecimento.
Após o ataque, o novo Governo, nomeado na quarta-feira, convocou uma reunião de emergência para este sábado.
Ainda não foi revelada a identidade das vítimas, mas o o hotel Splendid é frequentado por soldados franceses que operam no Chade e combatem extremistas na região do Sahel, funcionários da ONU e empresários ocidentais.
O Presidente François Hollande classificou o atentado como “odioso” e a embaixada francesa relatou que, por conta do ataque, medidas de segurança foram reforçadas.
Homens armados invadiram o local após explodirem carros na entrada e também dispararam contra um café-restaurante.
Após a tomada do local, mais tiros foram ouvidos, enquanto as forças de segurança se mantiveram do lado de fora, em meio a corpos ensaguentados.
Policias que tentaram invadir o local foram baleados e morreram.
O Burkina Faso enfrenta episódios de turbulência política desde Outubro de 2014, quando o presidente Blaise Compaoré foi deposto por protestos populares.
Em 2015, foram registrados vários conflitos armados e protestos em Ouagadugou pelo controlo do Governo.