A polícia angolana interveio hoje para impedir que cartazes fossem exibidos durante uma manifestação em Luanda de pessoas com limitações físicas.
A “Caminhada pela Acessibilidade” foi organizada pela Plataforma pela Inclusão para protestar contra a falta de aplicação da lei que visa facilitar a deslocação e acesso a pessoas com limitações físicas.
Apesar de o Governo ter feito aprovar a lei da inclusão em Junho de 2016, “nada foi feito desde então, nem ao nível da sensibilização da sociedade, nem por parte do Executivo, nem dos deputados e nem dos empresários”, disse á Voz da América Adão Ramos membro da Plataforma para a Inclusão
Da mesmo forma, explicou Ramos, não é respeitada a legislação que estipula que quatro por cento dos funcionários contratados seja de pessoas com limitações e dois por cento por parte das empresas privadas.
“Ninguém respeita essa lei”, disse Adão Ramos que justifica esta postura com o facto de “as estruturas de decisão, a todos os níveis, não terem pessoas com limitações, que conheçam as dificuldades que enfrentamos no dia a dia”.
O início da marcha foi atrasado devido à presença da polícia que segundo algumas testemunhas terá confiscado e rasgado cartazes.
O Bloco Democrático disse ter informação de que a polícia teria agredido algumas pessoas.
Após iniciada, a marcha que começou no cemitério de Santana decorreu sem incidentes e terminou no largo das Heroínas como programado.