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Polícia brasileira aperta o cerco a Marcelo Odebrechet


Empresa é um dos pivots

No Brasil, os novos desdobramentos da operação Lava Jato podem complicar a situação jurídica do empreiteiro Marcelo Odebrechet, ex-presidente da empreiteira Odebrechet, preso há vários meses.

A empresa foi alvo hoje da 23ª fase da operação realizada nos Estados brasileiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.

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Além de Marcelo Odebrechet, são alvos nesta fase das investigações o publicitário João Santana, o marqueteiro das campanhas da Presidente Dilma Rousseff e do ex-Presidente Lula da Silva em 2006, o engenheiro Zwi Skornicki, que, segundo as investigações, operava propinas no esquema de corrupção na Petrobras.

Os executivos são acusados de pagar 138 milhões de reais em propina para serem contratados em oito obras da Petrobras.

Marcelo Odebrechet está preso desde Junho do ano passado.

O Ministério Público entende haver indícios de que o empreiteiro está possivelmente envolvido em graves crimes.

Entre eles, supostos pagamentos feitos no exterior, inclusive em parte daqueles que foram feitos a João Santana.

O delegado da Polícia Federal, Felipe Pace, explica como surgiram as novas suspeitas de irregularidades envolvendo os investigados.

“A operação iniciou a partir de um inquérito policial instaurado em Setembro do ano passado em decorrência de uma análise aprofundada do material apreendido na residência de Zwi Skornicki, durante a nova fase da Operação Lava Jato. Havia nesse material uma carta intitulada por Mônica Santana e endereçada a Zwi Skornicki e ao filho dele, Bruno Skornicki. Nessa carta Mônica Santana narrava que estava mandando os dados de sua conta para tais pessoas esclarecendo que mandava por carta um contrato que serviria como cópia para ser celebrado entre essas duas pessoas. E que não guardava cópia eletrônica e que também havia rasurado o nome da empresa que havia celebrado o contrato e que era encaminhado como cópia. [...] O ato de rasura de Mônica Santana foi muito mal feito. [...] O envelope no qual foi apreendida essa carta constava como endereço a sede da empresa Pólis Propaganda & Marketing em São Paulo. Essa empresa tem como sócios João Santana e a esposa dele Mônica Moura, identificada na carta como Mônica Santana”, explicou.

Segundo a PF, quatro pessoas que tiveram mandados de prisão expedidos estão fora do Brasil: Fernando Migliaccio da Silva, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, João Santana e a mulher dele, Monica Moura. A Polícia Federal ainda disse que já foram apreendidos vários documentos, obras de arte, lanchas e cerca de 500 mil reais em bens.

Em nota, a Odebrecht se diz à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento. Nesta 23ª fase da Lava Jato são cumpridos 51 mandados judiciais, sendo 38 de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e cinco mandatos de condução coercitiva, quando os presos são obrigados a prestar depoimento.

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