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Polícia angolana investiga sequestro de activistas por "desconhecidos"


Os contornos do rapto de 29 de Junho continuam por esclarecer.

A polícia angolana está a investigas denúncias sobre o rapto de pelo menos nove jovens activistas que alegadamente iriam participar na manifestação que se realizou em Luanda a 29 de Julho. Enquanto a polícia investiga, os activistas dizem-se cansados de apresentarem queixas contras as autoridades que nunca são investigadas.

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O comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional, comissário chefe, António Maria Sita, confirmou à VOA, sem gravar entrevista, a abertura do inquérito, mas disse não poder dar mais detalhes.

O caso, no entanto, tem contornos pouco claros porque os activistas raptados não sabem quem são os sequestradores, que, segundo os mesmos, terão ficado num carro durante 24 horas. Nem eles, nem os raptores se alimentaram durante esse período.

As vítimas do alegado rapto já se encontram, entretanto, em liberdade.

Segundo Adolfo Campos, um dos sequestrados, até ao momento aconteceram cinco raptos, que ele atribui às autoridades.

Campos afirma que Kwanza Norte, Catete, Calumbo, Calomboloca e Cabala são os destinos preferidos das autoridades.

O activista diz estar cansado de formalizar queixas-crime que nunca são investigadas pelas autoridades: “não vale a pena queixar o porco ao javalim”.

Adolfo Campos incentiva as autoridades a investigarem esse caso como fizeram aquando do assassinato de Isaías Cassule e Alves Kamolingue.

De recordar que os familiares dos 15 jovens detidos a 20 de Junho por alegadamente estarem a preparar um golpe de Estado contra o Presidente da República e membros do Governo vão realizar uma “marcha de repúdio” no próximo sábado, 8, em Luanda

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