A polícia russa deteve mais de dois mil manifestantes neste domingo, 31, que pediam nas ruas a libertação do líder da oposição Alexei Navlany, preso desde o dia 17 de Janeiro quando regressou ao país, depois de receber tratamento na Almanha a um envenenamento.
A informação foi revelada pela organização não governamental que acompanha a situação de Navalny, OVD-Info.
Este é o segundo fim-de-semana consecutivo de protestos convocados por líderes próximos do opositor russo antes do início do seu julgamento na terça-feira, 2.
Os primeiros protestos ocorreram na Sibéria e no leste da Rússia, incluindo na cidade portuária de Vladivostok.
Em Novosibirsk, no leste da Sibéria, milhares de manifestantes marcharam enquanto gritava, "Putin, ladrão" numa aparente referência a uma propriedade no Mar Negro que se acredita ter sido construída para o Pesidente russo, Vladimir Putin.
A segunda maior cidade do país, São Petersburgo, também registou protestos e na capital, Moscovo, a polícia encerrou as estações de metro e restringiu o acesso das pessoas ao centro da cidade, ao mesmo tempo que fechou restaurantes e lojas nas principais áreas.
Navalny foi preso imediatamente após seu regresso à Rússia a 17 de Janeiro, após uma recuperação de quase cinco meses na Alemanha a um envenenamento que sofreu durante uma viagem à Sibéria em Agosto, que ele acredita ter sido realizado pelas autoridades do país.
Os Estados Unidos e a União Europeia condenaram veementemente a prisão de Navalny, bem como de centenas de pessoas nos protestos da semana passada e pediram a libertação do principal líder opositor do país.