Dois dia após o Partido Comunista Chinês anunciar no Parlamento que vai proibir manifestações em Hong Kong, a polícia reprimiu com gás lacrimogéneo um protesto contra o chamado “projeto de lei de segurança” que Pequim quer impor na região.
Milhares de pessoas participaram do protesto no centro de Causeway Bay, uma das principais regiões comerciais de Hong Kong, mesmo depois de as autoridades terem dito que a manifestação era ilegal.
Apesar da pandemia do novo coronavírus, os movimentos pró-democracia de Hong Kong voltaram às ruas após o regime comunista chinês apresentar na sexta-feira, 22, no Parlamento, o projeto que prevê punir o que chama de traição, subversão e sedição.
A lei é um reflexo das reiteradas advertências dos líderes chineses de que não vão tolerar manifestações ou dissidências em Hong Kong, um território que viveu sete meses de protestos pró-democracia em massa no ano passado.
Os países ocidentais já condenaram o projeto do Governo chinês.
Autoridades americanas disseram que a legislação coloca em risco a autonomia da região e vai prejudicar a economia de Hong Kong e da própria China, enquanto Reino Unido, Austrália e Canadá, numa declaração conjunta, manifestaram a sua"profunda preocupação" sobre a iniciativa de Pequim que, segundo aqueles governos, prejudicará o princípio "um país, dois sistemas" acordado quando Hong Kong retornou ao domínio chinês, em 1997.
O Ministério das Relações Exteriores da China minimizou as preocupações, afirmou que a lei proposta não vai prejudicar os investidores estrangeiros e criticou o que que chamou de “intromissão” dos países estrangeiros.