A polícia angolana deteve 28 membros do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) nesta terça-feira, 29, horas antes de darem início a uma marcha para marcar mais um aniversário do Tratado de Simulambuco, que colocou aquele território sob o protectorado de Portugal.
Fontes da VOA no local indicaram que também foram detidos os pais do líder do MIC, Maurício Bifica Gimbi, igualmente preso.
Os activistas estão a ser ouvidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC).
O MIC tinha programado uma marcha para assinalar mais um aniversário do Tratado de Simulambuco para o dia 1 de Fevereiro, mas decidiu antecipar a marcha para hoje, em virtude de nesse dia estar prevista a realização da cerimónia de abertura do ano lectivo, com a presença do vice-presidente da República, Bornito de Sousa.
“A ideia era evitar coincidir com esse cerimónia oficial”, disse uma fonte do MIC à VOA.
O activista José Marcos Mavungo disse terem sido detidos todos os membros da direção do MIC.
Acrescentando que estas detenções somam-se às do dia anterior e que quando os membros do MIC se preparavam para a manifestação deste dia 29 de janeiro foram apanhados e levados sob escolta policial para a prisão.
De entre os detidos estão: Maurício Bufita Baza Gimbi (Presidente do MIC), António Marcos Soqui (Vice-Presidente do MIC), Alfredo Duda, Filipe Macaia Luemba, António Victor Tuma José Pedro Buanga Diogo Rúben Mavungo Domingos Celina Graça da Silva Daniel Eduardo Muindo Matumda João Mambimbi Marcos Futi Buengo Jacob Bernardo Gimbi, Madalena Marta Zovo Gimbi, Maurício Tati, Filomão Futi Bumba Chiambi e Sebastião Quinga Barros - lê-se numa publicação de Mavungo no Facebook.
O activista termina a sua publicação dizendo que "Cabinda está neste momento sob uma forte tensão com esta detenção massiva da liderança do MIC".