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Polícia brasileira detém major que pode estar envolvido na morte de Marielle Franco


Vereadora do Rio de Janeiro assassinada em Março de 2018
Vereadora do Rio de Janeiro assassinada em Março de 2018

Ronald Paulo Alves Pereira é suspeito de chefiar milícia que lidera negócios ilegais de especulação de terras e imóveis

A Polícia Civil do Rio Janeiro prendeu nesta terça-feira, 22, o major Ronald Paulo Alves Pereira por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes em Março de 2018.

O major foi um dos cinco presos na "Operação Intocáveis", do Ministério Público e da Polícia Civil, e ele é suspeito de chefiar uma milícia que se dedica à especulação de terras e imóveis, com extorsão de moradores na zona Oeste do Rio.

“Todos esses presos serão ouvidos, na expectativa de que possam colaborar noutras investigações. A gente não descarta a participação no crime de Marielle Franco, mas não podemos afirmar isso neste momento”, disse a procuradora Simone Sibilio.

De acordo com o Ministério Público, o major Ronald era um dos principais envolvidos no mercado imobiliário ilegal na região de Rio das Pedras.

“Ele exercia liderança até pela sua própria condição também, e tem forte influência no ramo imobiliário ilegal. Há farta documentação comprovando isso.”

Brasil chora Marielle Franco
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Major homenageado por Flávio Bolsonaro

O grupo é suspeito de comprar e vender imóveis construídos ilegalmente na Zona Oeste do Rio de Janeiro, além de crimes relacionados à acção da milícia em várias comunidades.

Refira-se que o major Ronald Paulo Alves Pereira, foi homenageado pelo então deputado Flávio Bolsonaro, hoje senador eleito.

A condecoração aconteceu na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) meses depois de Ronald ser apontado como um dos autores da Chacina da Via Show, que deixou cinco jovens mortos após a saída de uma casa de festas em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Até hoje o major – agora apontado como chefe da milícia da Favela da Muzema – não foi julgado pelo crime.

Em sua defesa, o filho do Presidente Jair Bolsonaro escreveu no Twitter: "Sobre as homenagens prestadas a militares, sempre actuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de outras homenagens. Aqueles que cometem erros devem responder por seus actos".

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