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O Pentágono perante cortes inevitáveis


Leon Panetta anuncia cortes orçamentais
Leon Panetta anuncia cortes orçamentais

Leon Panneta, disse esta quarta-feira, que o futuro do sector militar americano tem que se confrontar com a realidade de ter que sofrer reduções.

O Secretário Americano da Defesa, Leon Panetta, afirma que se esperam “dolorosas mudanças” no sector militar americano, numa altura em que o Pentágono está a ponderar formas de cortar 450 mil milhões de dólares do seu orçamento para os próximos dez anos.

A administração Obama pediu ao Pentágono para reduzir custos, inflacionados de forma drástica durante a última década, devido às guerras no Iraque e no Afeganistão. Com operações naqueles dois teatros de guerra a serem reduzidas e com a economia americana ainda em dificuldades, os cortes orçamentais são indispensáveis.

O secretário da Defesa, Leon Panneta, disse esta quarta-feira, que o futuro do sector militar americano tem que se confrontar com a realidade de ter que sofrer reduções. “Esperam-nos decisões difíceis”- garante Panetta.

Panetta acrescentou que os EUA necessitam de um exército suficientemente forte para fazer frente às ameaças convencionais: “Se qualquer inimigo nos desafiar para uma guerra terrestre convencional, necessitamos de um exército que possa – como dizia o general George Patton – que seguro o inimigo pelo nariz e lhe dê um pontapé no rabo”.

Paralelamente, Panetta sublinhou que o exército tem que ser mais inteligente e mais versátil face às ameaças terroristas que, na sua opinião, não vão desaparecer.

Disse o chefe do Pentágono: “Na realidade, não há muitos países a criar massivos esquadrões de blindados. Não é provável que tenhamos que combater noutra guerra do tipo “Tempestade do Deserto”. Vejo Estados e entidades apátridas armados com armamento tecnologicamente avançado, que são facilmente adquiridos e de operar, armamento que põe em causa a nossa tradicional vantagem”.

Só exército, por si só, poderá reduzir os seus efectivos em cerca de 50 mil homens, nos próximos cinco anos. Mas, fontes do Pentágono adiantam que nenhuma decisão final foi tomada sobre o alcance dos cortes.

Nos dez anos que se seguiram aos ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001, os EUA duplicaram o seu orçamento militar para cerca de 700 mil milhões de dólares por ano.

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