Links de Acesso

Partidos políticos divergem sobre frente comum em Angola


Assembleia Nacional, Angola
Assembleia Nacional, Angola

Os partidos da oposição em Angola não pretendem criar uma plataforma de concertação ou frente comum como foi aventado pelos próprios em Maio de 2014. Apesar de alguns continuarem a defender a necessidade de unirem esforços frente ao MPLA, no poder há quase 40 anos, eles reconhecem que se juntam apenas em alguns momentos.

Para Lindo Bernardo Tito, porta-voz da Casa-CE, cada partido tem como objectivo principal o poder e por isso apenas se juntam para questões ocasionais. “Nós, a Casa-CE, sempre dissemos e voltamos a reafirmae que estamos disponíveis onde for possível. A frente única resultará do conjunto de interesses porque cada um dos partidos tem em vista o poder”, disse Tito.

Por seu lado, João Baruba, secretário-geral do Bloco Democrático, o seu partido sempre defendeu uma frente única da oposição, mas até ao momento os partidos não chegaram a um nível de concertação e ficam apenas pelos pequenos desafios.

Opinião idêntica tem o presidente reeleito da FNLA, Lucas Bengue Ngonda. “Nesta altura cada partido age com o seu próprio programa e plano, mas quando achamos que temos que juntar os esforços, como por exemplo frente à lei do registo eleitoral, nos juntamos” frisou Ngonda.

A VOA tentou igualmente ouvir os líderes do PRS, da Unita e PDP-ANA, mas sem sucesso.

A 27 de Maio de 2014, Filomeno Vieira Lopes, secretário-geral do BD, disse ter proposto à Unita e à Casa-CE uma plataforma de concertação.

Na ocasião, a Unita apressou-se a saudar a iniciativa e a dar o seu apoio, através do secretário-geral Vitorino Nhany. Por sua vez, o secretário-executivo nacional da Casa-CE Leonel Gomes disse, na altura, ser bem-vindo todo esforço conjugado para acabar com a situação que o país vive desde a independência.

Recorde-se que as próximas eleições gerais estão marcadas para 2017.

XS
SM
MD
LG