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Partidos moçambicanos trocam acusações sobre ilegalidades no recenseamento eleitoral


Autárquicas realizam-se em Outubro
Autárquicas realizam-se em Outubro

Autoridade eleitoral reconhece movimentações mas garante que não há irregularidades

A Renamo e a Frelimo têm trocado acusações sobre a movimentação de eleitores de regiões que não têm municípios para se registarem nas áreas onde decorre o recenseamento eleitoral com vista às eleições autárquicas de Outubro.

Partidos moçambicanos trocam acusações sobre ilegalidades no recenseamento eleitoral
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O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) confirma a movimentação de eleitores de regiões não autárquicas para se recensearem em distritos com autarquias, mas adverte que não se deve relacionar este facto a motivações políticas.

"Eleitores que não vivem, que não residem numa certa vila autárquica são coagidos a irem se recensear naquela vila autárquica, sobretudo os funcionários do Estado", denunciou André Mamjibire, da Renamo.

A província da Zambézia é aquela que regista um maior número de casos.

A Frelimo saiu em defesa de sua honra e Rijone Bombino repudia as acusações feitas pela oposição.

"Há dirigentes seniores da Renamo, por exemplo o director-adjunto do STAE da província e da cidade, do distrito de Quelimane, foram recensear no Instituto Industrial mas eles vivem distante dali, para acusar a Frelimo e queremos repudiar", disse Bombino.

Carlos Langa, porta-voz do STAE, confirma a existência destas movimentações, mas garante que quem quis recensear fora da sua área de residência foi impedido.

"Temos situações de pessoas que não sei imbuídas de que lógica ou por iniciativa própria não sabemos, mas que foram impedidos de recensear, as pessoas foram lá mas foram questionavas aonde é que vivem", comentou Carlos Langa.

O Instituto Eleitoral para a Democracia Sustentável em África (EISA) diz estar a observar o recenseamento eleitoral 2018, mas Miguel de Brito afirma ter registado poucos casos.

"Não encontramos muitas situações desta natureza, mas é natural que haja. Há muita gente pelos mais variados motivos que querem recensear-se, ou porque querem participar ou porque os partidos políticos a que pertencem podem estar a instiga-los a fazer isso, ou ainda agem por falta de conhecimento da lei", comentou Miguel de Brito.

O STAE fez uma revisão em baixa do número de eleitores a recensear, de 8,500 milhões para 8,063 mil potenciais eleitores.

Até 1 de Abril tinham sido recenseados 18 por cento.

O recenseamento termina a 17 de Maio.

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