Links de Acesso

Partidos guineenses não se entendem e cidadãos apelam ao diálogo


José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira
José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira

PRS vai pedir a subsbituição de Alpha Condé como mediador da CEDEAO.

Os guineenses continuam a acompanhar com alguma expectativa o desenrolar da crise politica, após a Cimeira da CEDEAO, em Abuja e apelam ao diálogo entre as partes.

O debate está em torno da sustentabilidade ou não do Governo, liderado por Umaro Sissoko Embalóe a consequente retomada das sessões parlamentares.

Numa mensagem à nação na terça-feira, 20, José Mário Vaz convidou os guineenses a encontrarem uma saída interna à crise politica, tendo, alias, em algumas ocasiões, apelado à abertura do Parlamento para facilitar o Governo a apresentar o seu programa.

O PAIGC, partido mais votado nas eleições de 2014, na voz do seu líder da bancada parlamentar, deixou claro que a solução para crise politica está nas mãos do Chefe de Estado, José Mário Vaz.

Para Califa Seide, tudo o que o Presidente da Republica deve fazer agora é cumprir o Acordo de Conacry, conforme exigência dos Chefes de Estado da CEDEAO, na sua mais recente cimeira, em Abuja, capital da Nigéria.

Seide admite que a Assembleia Nacional Popular pode abrir as suas portas desde que sejam cumpridos o que qualificou de actos sequenciais antes da convocação da sessão parlamentar:

“Não havendo um primeiro-ministro consensual, não há um Governo consensual, não havendo Governo consensual, não há num Programa consensual, não havendo um programa consensual, não há um, portanto, Assembleia que funcione. Só após esses actos sequenciais que têm uma lógica para saída da crise podemos dizer que ANP pode abrir as suas portas, portanto até lá o parlamento não tem objecto de trabalho”, sublinhou o líder da bancada parlamentar do PAIGC.

Por seu lado, um alto dirigente do PRS, que pediu o anonimato, lembrou que o seu partido sacrificou um Governo constitucional, neste caso o de Baciro Djá, em nome do consenso, referindo-se ao Acordo de Conacri como uma cedência do PRS para ultrapassar a crise.

Para a mesma fonte,a Assembleia Nacional Popular foi um dos signatários do acordo de Conacri, por isso, “é obrigada a velar pela abertura da legislatura, com o objectivo de submeter o Programa do Governo e o Orçamento do Estado às respectivas votações”.

A VOA sabe que o PRS tem, em agenda, uma carta aberta aos representantes internacionais e aos órgãos da soberania para pedir o afastamento de Alpha Condé como mediador da crise politica na Guiné-Bissau.

Cidadãos ouvidos pela VOA apontam o diálogo como a única saída para superar as actuais divergências entre os políticos.

XS
SM
MD
LG