O Parlamento do Irão aprovou neste domingo, 5, a proposta do primeiro-ministrom Adel Abdul Mahdi, de que todas as tropas estrangeiras devem deixar o país, após os Estados Unidos terem assassinado o comandante militar iraniano e o líder de uma milícia iraquiana em Bagdade.
A resolução aprovada numa sessão extraordinária do Parlamento deve cancelar o pedido de assistência de uma coaligação liderada pelos Estados Unidos..
“Apesar das dificuldades internas e externas que podemos enfrentar, ainda é melhor para o Iraque em princípio e praticidade”, disse o primeiro-ministro interino, Adel Abdul Mahdi, que renunciou em Novembro depois de semanas de protestos.
Políticos xiitas rivais, inclusive os que se opõem à influência do Irão, uniram-se em pedir a saída das tropas dos Estados e o provável sucessor de Abdul Mahdi deve ter a mesma visão.
Entretanto, um legislador sunita, que pediu o anonimato, afirmou que as minorias sunita e curda do Iraque temem que a expulsão da coaligação liderada pelos Estados Unidos deixe o país vulnerável à insurgência de militantes, minando a segurança e dando mais poder às milícias xiitas apoiadas pelos iranianos.
A maioria dos legisladores sunitas e curdos boicotaram a sessão especial do Parlamento, e os 168 presentes superaram em apenas três pessoaso quórum exigido.
Congressistas da milícia Asaib Ahl al-Haq, apoiada pelo Irão e que o departamento de Estado americano vai passar a tratar como uma organização terrorista, carregavam retratos de Soleimani e Muhandis.
Em vários momentos, os próprios parlamentares entoaram cânticos contra os Estados Unidos.
Cerca de 5 mil soldados norte-americanos permanecem no Iraque, a maioria em funções não combativas.
Dezenas de cidadãos norte-americanos que trabalham nas petrolíferas em Basra deixaram o país na sexta-feira, 3, após a embaixada ter pedido que todos os cidadãos saíssem da nação imediatamente.