Vários jovens activistas começaram a mobilizar nesta Terça-feira, 25, zungueiras, motoqueiros e a sociedade em geral para a manifestação da próxima Sexta-feira, 28, em que mães e parentes dos 15 activistas acusados de preparem golpe de Estado contra o presidente Eduardo dos Santos vão voltar a exigir a libertação.
As brigadas de activistas estiveram hoje no Cassequel, Congolenses, 1º de Maio, Mudamba, Marginal e São Paulo, onde, segundo os seus membros, foram bem recebidos.
A movimentação dos activistas visa mobilizar muito mais pesosas que as 40 que estiveram na manifestação reprimida a 8 de Agosto.
Apesar de o Governo da Província ter dito que a manifestação não pode realizar-se, as mães e outros parentes dos activistas garantem que vão sair às ruas na próxima Sexta-feira.
Após 65 dias de detenção, os jovens do denominado Movimento Revolucionário enfrentam muitos problemas de saúde, alguns a recomendar muitos cuidados médicos.
No encontro entre as mães e o vice-procurador-geral da República há três semanas, o general Hélder Pita Grós garantiu que os activistas seriam soltos em breve, segundo disseram as mães.
A mãe de Nito Alves, Adélia Chivonde, lamenta a atitude das autoridades angolanas, e convida os angolanos a ajudarem-na a conseguir a liberdade do seu filho e amigos.
“Nós estamos preparadas para a manifestação do dia 28 e por isso convido outras mães a nos ajudarem a libertar os nossos filhos”, pediu.
De recordar que o activista Nicola Radical, detido na cadeia de Caquila, tem graves tumores na cabeça e não se alimenta há mais duas semanas.
Por seu vez, Nelson Dibango, Hitler Chivonde e Mbanza Hanza que se encontram na cadeia de São Paulo estão doentes e há quatro dias que não comem.
A denúncia é Leonor João, mãe de Mbanza Hanza.